Em Goiás, vazio sanitário da soja começa na próxima sexta-feira

Com a medida, produtores rurais não podem cultivar e nem fazer a manutenção de plantas vivas do grão

23/06/2025 às 16:05 atualizado por Letícia Naome - Estadão | Siga-nos no Google News
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São Paulo, 23 - O vazio sanitário da soja no Estado de Goiás começará na próxima sexta-feira, 27, e se estenderá até o dia 24 de setembro, segundo informou a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) nesta segunda-feira, 23. Com a medida, produtores rurais não podem cultivar e nem fazer a manutenção de plantas vivas de soja, visando a prevenção e ao controle da ferrugem asiática que, segundo a entidade, é "uma das doenças mais severas da cultura".

O período de proibição, que totaliza 90 dias, contribui para "a sanidade das lavouras e o sucesso da próxima safra", observa o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, conforme a nota da agência. Já o gerente de Sanidade Vegetal da entidade, Leonardo Macedo, explica que o cumprimento da medida "é decisivo para garantir produtividade e competitividade para os produtores goianos". Causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, a ferrugem asiática afeta as folhas da soja, criando pequenas pústulas marrons ou alaranjadas, explica a Agrodefesa.

Os esporos do fungo se dispersam pelo vento e podem atingir grandes distâncias. Ao encontrar plantas hospedeiras, o parasita se multiplica rapidamente, causando desfolha precoce, redução da produtividade e aumento dos custos com fungicidas, diz a agência. Como Goiás é o terceiro maior produtor de soja do País - atrás somente de Mato Grosso e Paraná -, a prevenção da doença é importante para a economia agrícola nacional e as exportações, conforme a nota.

A Agrodefesa cita ainda, com base em Levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que o Estado deve ter uma produção de soja na safra 2024/25 de 20,4 milhões de toneladas, com uma área cultivada de 4,95 milhões de hectares e produtividade média de 4,12 toneladas por hectare.


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