Caxias do Sul (RS) encerra a safra de verão 24/25 neste mês de junho, com produtividade média positiva em comparação à temporada anterior (2023/24), quando, vale lembrar, os resultados foram abaixo do esperado, devido aos problemas climáticos no ano passado. A praça gaúcha iniciou os transplantios em setembro/24, período em que a região enfrentava um alto volume de chuvas, com concentração de, aproximadamente, 102 milímetros, segundo o Inmet. Mesmo com o excesso de chuvas, as lavouras transplantadas naquele período não apresentaram incidência significativa de bactérias. A partir de novembro, as chuvas passaram a ser mais regulares, e os transplantios se encerraram em janeiro.
A colheita se iniciou em dezembro/24 e seguiu até fevereiro/25, com produtividade alta, registrando médias em torno de 400 cxs/mil plantas. A concentração da safra, com aproximadamente 60% da oferta, ocorreu entre janeiro e fevereiro. Já de março a maio, a produtividade caiu 30%, em função da redução no calibre dos frutos. A queda na produtividade, por sua vez, se deve aos menores investimentos em tratos com a cultura, em função dos preços baixos até fevereiro/25, e por questões climáticas. O encerramento das colheitas está previsto para este mês, com uma oferta correspondente a 5% da safra e produtividade de 150 cxs/mil plantas. Segundo produtores, a produtividade média total da safra de verão 2024/25 ficou em torno de 300 cxs/mil plantas, com custos variando entre 40 a 64 Reais por caixa, dependendo da produtividade e da estrutura de custos e do manejo adotado por cada produtor. Na média da safra, produtores declaram que comercializaram sua produção entre R$ 60,00 e R$ 80,00/cx. O cultivo protegido em estufas, que são rotacionadas com outras culturas, como uva e frutas de caroço, corresponde a 40% da área total de tomate da região. Já o investimento em material enxertado apresenta tendência crescente, correspondendo por 70% das mudas transplantadas. Para a próxima safra, a perspectiva é de redução de 5% na área cultivada, devido à menor rentabilidade dos produtores e à escassez de mão de obra.
Informações: Hfbrasil.org.br