“Ser tutor da Rede E-Tec é um privilégio, uma oportunidade única de crescer como profissional e como pessoa. Nosso trabalho faz toda a diferença na vida de muita gente no campo”.
A “missão de educar” é um motivo de orgulho para Thalyta Marcílio. Formada em Medicina Veterinária pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), em Lages, Thalyta Marcílio sempre sonhou em trabalhar com pecuária de leite.
No final do curso, quando fazia estágio, ela conheceu de perto a realidade dos produtores de Urupema e foi ali que sua história com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) começou a ser escrita.
Aos 22 anos, ela recebeu um convite do presidente do sindicato rural local para trabalhar na instituição. Ela havia acabado de se formar e aceitou o desafio. “Abri minha empresa, comecei a trabalhar e nunca mais parei”, conta.
Há 17 anos Thalyta percorre Santa Catarina levando conhecimento e capacitação a produtores rurais. Por meio do sindicato, atuou em diversos projetos do Senar, como os cursos de qualidade do leite, boas práticas de manipulação de alimentos, mas foi em 2015, com a chegada da Rede E-Tec ao estado, que ela se apaixonou ainda mais pela “missão de educar”.
A veterinária esteve presente nas primeiras turmas dos polos de São José, Fraiburgo e São Joaquim. “Abracei esse projeto do Senar. Um projeto belíssimo e novo para Santa Catarina e para o Brasil, me identifiquei muito com o trabalho. Cada semestre trazia novos desafios”.
A metodologia da Rede E-Tec, que combina ensino a distância, encontros presenciais e visitas técnicas, é, segundo a tutora, o grande diferencial. Cada aula, cada propriedade visitada, é uma oportunidade não só de ensinar, mas também de aprender.
“A troca de conhecimento com os alunos é muito rica. Somos instigados por eles a sempre buscar novos conhecimentos e isso, para nós profissionais, é muito importante”.
Thalyta cita os desafios para levar conhecimento ao campo, como as dificuldades de logística e até o perfil dos alunos, muitos deles há anos longe “dos bancos escolares”. A tutora fala da utilização de técnicas de ensino e criatividade para que o “aprendizado seja ao mesmo tempo profundo e fluído, leve”. “A nossa motivação contagia os alunos”.
O esforço e a dedicação geram recompensas. “E a maior de todas é ver como nossos alunos se destacam no mercado agropecuário. É um orgulho compartilhar com as turmas recentes casos de sucesso de ex-alunos”.
Uma dessas história de sucesso que ilustra o orgulho de Thalyta em sua trilha educacional é de uma produtora rural de Araranguá.
“O nome dela é Maria. Ela fez vários cursos conosco, inclusive o técnico em Agronegócio pela Rede E-Tec. Com o conhecimento adquirido, ela transformou a propriedade que, à época, era considerada improdutiva. Atualmente, ela é referência na produção de mudas para pastagem em terrenos úmidos. A história dela é uma verdadeira inspiração”, conta.
Thalyta defende que além do conhecimento técnico, o papel do tutor também é ensinar valores. “Cada produtor rural tem uma realidade, um desafio diferente. E todos merecem nosso respeito. Trabalhar no agro exige sensibilidade, empatia e muita dedicação.”
Informações: Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil(CNA)