O presidente da Famasul, Marcelo Bertoni, acompanhou o anúncio oficial do reconhecimento do Brasil como área livre de febre aftosa sem vacinação, feito durante a 92ª Assembleia Geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), em Paris. A certificação representa um marco histórico para a pecuária nacional e reforça a confiança internacional no status sanitário brasileiro.
Segundo Bertoni, o fim da vacinação e o reconhecimento internacional colocam Mato Grosso do Sul em um novo patamar sanitário e comercial. Ele destacou o esforço conjunto entre produtores rurais, entidades de classe, assistência técnica e o poder público para alcançar esse resultado.
A comitiva brasileira no evento contou com a presença de representantes da CNA, da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), autoridades estaduais e da Iagro. Entre os participantes estavam o vice-presidente de Relações Internacionais da CNA, Gedeão Pereira, a senadora Tereza Cristina e o secretário estadual Jaime Verruck.
João Martins, presidente da CNA, afirmou que o reconhecimento é uma conquista histórica para os produtores brasileiros. Para ele, o novo status amplia o acesso do Brasil a mercados exigentes e valoriza ainda mais a carne nacional.
Gedeão Pereira ressaltou que o avanço traz novas responsabilidades ao setor e exige ainda mais vigilância sanitária. Ele afirmou que todos os segmentos da cadeia da carne serão beneficiados, desde a produção até a exportação.
A senadora Tereza Cristina classificou o momento como histórico e agradeceu aos profissionais envolvidos na erradicação da doença ao longo dos anos. Segundo ela, o certificado é resultado de um trabalho construído com muitas mãos.
A atuação da Famasul foi constante ao longo de todo o processo. Antes mesmo do Plano Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA), a entidade participou de discussões, fóruns e ações de conscientização junto aos produtores de Mato Grosso do Sul.
Com o novo status, o estado poderá acessar mercados mais exigentes e com maior valor agregado, fortalecendo setores como a suinocultura, avicultura e a produção de ovinos e caprinos. A conquista também valoriza o sistema de vigilância sanitária adotado no estado.
Segundo a Semadesc, Mato Grosso do Sul já exporta carne para países como China e Estados Unidos. Com a certificação, passa a competir em igualdade com estados como Santa Catarina, habilitado para exportações a mercados como o Japão.
O processo para alcançar o status incluiu o fim da vacinação em novembro de 2022 e a proibição oficial do uso da vacina em 2023. Em 2024, o Ministério da Agricultura reconheceu o novo status sanitário em Mato Grosso do Sul e em outros 16 estados brasileiros.
Informações: Assessoria de comunicação do Sistema Famasul