No dia 15 de maio, a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) recebeu representantes da Better Cotton (BC) em uma visita ao Oeste da Bahia. O objetivo foi apresentar boas práticas produtivas em uma fazenda local, destacando o compromisso dos cotonicultores com a sustentabilidade. Durante o encontro, Abapa e BC enfatizaram a importância de unir esforços para combater a desinformação e promover os benefícios do algodão como uma matéria-prima natural em comparação com concorrentes de origem fóssil.
Alessandra Zanotto Costa, presidente da Abapa, ressaltou que a agricultura é um pilar socioeconômico global e que é fundamental comunicar seu valor de forma clara. “Temos um potencial transformador, e precisamos mostrá-lo com coragem e parceria”, afirmou, reforçando que a sustentabilidade é um compromisso com o futuro.
A comitiva visitou a Fazenda Sete Povos, reconhecida pela produção certificada, e o Centro de Análise de Fibras da Abapa, um dos mais avançados do Brasil. O grupo também se reuniu com produtores associados, lideranças da Abrapa, e representantes de diversas instituições, incluindo a Prefeitura de Luís Eduardo Magalhães e a Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB).
Os diálogos durante a visita focaram na necessidade de uma comunicação eficaz para desconstruir preconceitos internacionais sobre a produção agrícola brasileira. Fábio Carneiro, gerente de sustentabilidade da Abrapa, destacou que o Brasil ainda enfrenta preconceitos, e que eventos como esse são essenciais para promover diálogo e transparência.
A Better Cotton reafirmou seu papel como intermediária entre produtores e o mercado internacional. Álvaro Moreira, gerente sênior de Programas e Parcerias para Grandes Fazendas no BC, enfatizou a importância de levar dados concretos e evidências de boas práticas para manter o acesso a mercados exigentes e combater visões distorcidas.
Jannis Bellinghausen, diretor sênior de Integridade de Sistemas na Better Cotton, concluiu que a sustentabilidade só é viável em rede. “Ninguém consegue sozinho. Não é fácil, mas sei que volto para a Europa entendendo muito melhor a realidade do Brasil”, finalizou.
Informações: Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa)