Operação BIG Citrus reforça combate ao Greening e protege citricultura paranaense

Ação da Adapar intensifica medidas preventivas contra a principal ameaça aos pomares de laranja, garantindo a sanidade vegetal e a sustentabilidade da produção no estado

15/05/2025 às 09:18 atualizado por Redação - SBA | Siga-nos no Google News
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A citricultura paranaense recebeu um importante reforço com a ampliação da Operação BIG Citros, que visa reduzir a incidência do greening, a principal doença que afeta os citros globalmente. A ação, que começou na segunda-feira (12) e se estende até sexta-feira (16), contou com a participação de 40 servidores da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), que estão atuando nos regionais de Cornélio Procópio e Londrina.

A coordenadora do programa de Citricultura da Adapar, Caroline Garbuio, destacou que as atividades incluem conscientização, fiscalização e reforço nas medidas de prevenção e controle do greening. Um levantamento realizado em um mapa que identifica focos de doença nas regiões, que são alguns dos maiores produtos cítricos do Estado.

Garbuio enfatizou a importância do controle do conjunto da doença, já que o inseto transmissor se desloca entre propriedades. Para isso, é fundamental o apoio das esferas públicas, cooperativas, indústrias, produtores e da sociedade em geral para proteger a citricultura paranaense.

A operação também conta com o apoio da Polícia Militar e das prefeituras locais. A estratégia da Adapar segue as legislações Federal e Estadual sobre fitossanidade, obrigando o corte de plantas hospedeiras com até 8 anos que apresentam sintomas da doença, além de árvores em um raio de 4 quilômetros de propriedades comerciais.

As ações estão sendo realizadas em pomares comerciais e em propriedades rurais e urbanas que cultivam frutas para consumo familiar. As residências com murta, uma planta ornamental que hospedou o vetor, também estão sendo visitadas, pois a legislação permite o corte mesmo sem sintomas visíveis.

Embora a força-tarefa ocorra semana, a fiscalização desta citricultura será uma prioridade contínua para os fiscais da região. A estratégia já foi aplicada com sucesso na região Noroeste, especialmente em Paranavaí, onde as plantas infectadas foram eliminadas após uma semana de operação em 2023.

O greening, ou HLB (Huanglongbing), representa uma ameaça significativa à citricultura do Paraná e do Brasil, impactando as economias regionais. A doença não possui cura conhecida, e o corte de árvores infectadas é uma das principais medidas de controle. A recomendação inicial é adquirir mudas de fornecedores autorizados.

Durante a operação em Uraí, a equipe flagrou um caminhão com mudanças de diversas espécies, incluindo 40 de frutas cítricas, em comércio ambulante, o que é proibido no Estado. A legislação prevê a emissão de auto de infração e a destruição das mudas, o que foi realizado.

O HLB é transmitido pelo psilídeo asiático dos citros, Diaphorina citri Kuwayama, e as plantas afetadas apresentam queda prematura dos frutos, resultando em menor produção e qualidade. As manchas das folhas infectadas podem apresentar manchas amarelas, levando à morte precoce e redução da vida útil dos pomares.

A citricultura é um setor vital na fruticultura paranaense, com dados de 2023 indicam que laranja, tangerina e limão foram cultivados em 29,3 mil hectares. A produção totalizou 860,9 mil toneladas, com a laranja gerando R$ 751,9 milhões em Valor Bruto da Produção (VBP). A operação BIG Citros abrange municípios como Assaí, Londrina e Uraí, entre outros.

Informações: Secretaria da Agricultura e do Abastecimento PR 


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