São Paulo, 12 - As exportações totais de carne bovina brasileira ultrapassaram a marca das 300 mil toneladas pela primeira vez em 2025 no mês de abril. De acordo com dados da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), compilados a partir da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o País embarcou 306.780 toneladas no mês passado, com receita de US$ 1,363 bilhão. O crescimento foi de 29% em valor e 22% em volume ante igual mês de 2024, quando os embarques somaram 252.295 toneladas e a receita foi de US$ 1,055 bilhão. Trata-se da quarta vez que o Brasil supera a barreira das 300 mil toneladas mensais. O recorde permanece com outubro de 2024, quando foram exportadas 319.289 toneladas. No acumulado dos primeiros quatro meses de 2025, o país exportou 1,05 milhão de toneladas (+14%), com receitas de US$ 4,64 bilhões, alta de 23% ante igual período de 2024. A China se manteve como o principal destino da carne bovina brasileira, com 386.468 toneladas compradas no quadrimestre, aumento de 2% sobre o ano anterior. Em valor, as compras somaram US$ 1,884 bilhão, alta de 12,4%. Ainda assim, a participação chinesa na receita total caiu de 44,6% em 2024 para 40,6% em 2025, diante da ampliação das aquisições por outros países. Os Estados Unidos ganharam destaque no período. O país norte-americano aumentou suas compras em 84,2%, passando de 134.149 toneladas para 247.145 toneladas no quadrimestre. A receita mais que dobrou, saltando de US$ 397,7 milhões para US$ 863 milhões (+117%), elevando sua participação de 10,6% para 18,6% nas receitas totais brasileiras. O Chile foi o terceiro maior comprador, com 39.608 toneladas importadas entre janeiro e abril (+41,3%), com receita de US$ 211,9 milhões (+61,5%). A Argélia aparece na quarta posição, com 24.985 toneladas adquiridas e receita de US$ 133 milhões, crescimentos de 23,9% e 44,4%, respectivamente. Ao todo, 114 países aumentaram suas importações de carne bovina brasileira nos primeiros quatro meses do ano, enquanto 42 reduziram suas compras, segundo a Abrafrigo.