A Comissão Nacional do Café da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) promoveu, na quarta-feira (2), uma série de encontros em Brasília para discutir questões estratégicas da cafeicultura nacional. Entre os temas abordados, destacaram-se o acesso ao Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para pequenos e médios produtores e a necessidade de modernização do fundo.
Um dos principais compromissos da reunião foi com o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira. O foco da conversa foi a liberação de recursos do Funcafé para cafeicultores familiares. O vice-presidente da Comissão, Ademar Pereira, e o assessor técnico Carlos Eduardo Meirelles, enfatizaram a urgência de revisar as regras atuais e a importância do crédito para a competitividade do setor.
A Comissão também se reuniu com o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Guilherme Campos, para discutir a situação dos preços do café e apresentar os avanços dos Grupos de Trabalho do CDPC. Entre os tópicos abordados estavam o mapeamento do parque cafeeiro do Brasil, o levantamento de safras e o reposicionamento da marca Cafés do Brasil.
Durante o encontro, a CNA destacou a necessidade de modernização do Funcafé. Participaram da reunião representantes do setor privado do Conselho Deliberativo de Política do Café (CDPC) e do governo federal. A CNA apontou que algumas regras do Manual de Crédito Rural impedem que cafeicultores que acessam recursos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) também possam utilizar os recursos do Funcafé.
"Essa limitação compromete o financiamento da atividade e restringe as opções de crédito para esses produtores, que representam mais de 80% do setor cafeeiro”, explicou Pereira. A CNA tem trabalhado para reverter essa situação por meio de articulações técnicas e políticas junto ao Mapa e ao MDA, visando garantir o acesso ao Funcafé.
“O acesso ao Funcafé é essencial para a sustentabilidade do setor. Os cafeicultores familiares e médios produtores precisam de mais opções de crédito para investir em tecnologia, qualidade e eficiência produtiva”, afirmou Pereira. Ele ressaltou que a CNA está em parceria com o governo para eliminar barreiras e assegurar que os recursos do Funcafé sejam acessíveis a todos os produtores que necessitam.
Informações: Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA)