Minas Gerais alcançou 80,3% de cobertura vacinal contra a brucelose em bezerras bovinas e bubalinas de 3 a 8 meses em 2024, superando a meta nacional de 80% do Programa de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal (PNCEBT). O índice representa um avanço em relação aos 77,5% de 2023, consolidando o estado como referência no combate à doença.
O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) teve papel crucial na conquista, com ações como intensificação da fiscalização nas propriedades, força-tarefa em regiões com baixos índices de vacinação e apoio à regularização das propriedades rurais. Além disso, o IMA promoveu campanhas educativas e realizou reuniões com cooperativas e sindicatos rurais.
Em 2024, o IMA também prorrogou os prazos de vacinação e declaração devido a um desabastecimento temporário de vacinas, garantindo que os produtores cumprissem as exigências do programa.
A brucelose é uma doença que causa prejuízos significativos aos rebanhos, como abortos em fêmeas infectadas. Além disso, apresenta riscos à saúde pública e pode afetar as exportações. Segundo Luciana Oliveira, coordenadora do PNCEBT em Minas Gerais, a superação da meta reflete o comprometimento dos produtores, das entidades do setor e do IMA, fortalecendo o status sanitário do estado e contribuindo para o desenvolvimento sustentável do setor.
Entre as regiões mineiras, o Vale do Jequitinhonha foi o destaque, com 92,5% de cobertura vacinal, seguido pela região Oeste (89,3%) e a Zona da Mata (88,4%). No Triângulo Mineiro, municípios como Monte Alegre de Minas (92,6%), Patrocínio (84,7%) e Coromandel (89,4%) se destacaram pelos altos índices de imunização.
Unidades do IMA também registraram avanços, com Passos liderando a vacinação com 94,4%, seguida por Almenara, com 92,5%. Montes Claros teve um aumento de 8,4%, atingindo 80% de cobertura vacinal em 2024.
Em 2025, os produtores rurais devem atualizar os dados dos rebanhos entre 1º de maio e 30 de junho, informando ao IMA sobre as espécies e quantidades de animais nas propriedades. Essa atualização é essencial para manter um banco de dados confiável para ações de vigilância sanitária e controle de doenças.
Informações: Agro em Campo