Preços da maçã e cenoura caem nos atacadistas, enquanto outras hortaliças e frutas apresentam alta

O aumento na oferta de maçã e cenoura levou à redução nos preços, enquanto cebola, alface e tomate registraram alta nos principais mercados atacadistas, conforme o 3º Boletim Prohort da Conab

27/03/2025 às 10:18 atualizado por Allana Ferrsouza - SBA | Siga-nos no Google News
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Os preços da maçã nos principais mercados atacadistas caíram 11,84% no último mês, devido ao aumento na colheita da variedade Gala, o que resultou em maior oferta da fruta nas Centrais de Abastecimento (Ceasas). A redução nos preços foi controlada pelas companhias classificadoras, que preferiram estocar as frutas para evitar uma queda ainda maior nos preços.

A cenoura e a banana também registraram quedas nos preços. A cenoura teve uma redução de 8,01%, apesar da oferta estável, enquanto a banana caiu 3,59%, influenciada pela maior produção da variedade nanica e pela diminuição da demanda, especialmente nos estados de São Paulo e Santa Catarina.

Por outro lado, os preços da laranja e da batata ficaram próximos da estabilidade. A laranja teve uma ligeira queda de 1,52%, devido à menor demanda da indústria, enquanto a batata teve um pequeno aumento de 0,95%, mantendo-se praticamente estável.

A cebola, a alface e o tomate, no entanto, tiveram aumentos nos preços. A cebola subiu devido à concentração da oferta no Sul do país, com destaque para Santa Catarina. A alface registrou alta de 24,94%, causada por condições climáticas adversas, enquanto o tomate teve um aumento de 19,69%, ainda abaixo dos valores praticados no ano passado.

Entre as frutas, mamão e melancia também apresentaram aumento nos preços. A valorização da melancia foi influenciada pela diminuição da produção em Goiás e na safra gaúcha, enquanto o aumento no preço do mamão se deve à redução da oferta nas principais regiões produtoras, como o norte do Espírito Santo e o sul da Bahia.

Em relação às exportações, o início de 2025 foi positivo, com aumento de 38% no volume enviado ao exterior, totalizando 215 mil toneladas, e um crescimento de 14% no faturamento, alcançando US$ 206,6 milhões. As frutas brasileiras, como melões, limões, limas e mangas, se destacaram nas vendas internacionais, impulsionadas por problemas climáticos na América Central.

Além disso, o Boletim Prohort desta edição destacou a crescente digitalização do setor agrícola, com a adoção de e-commerce nas Ceasas para facilitar a comercialização de frutas e hortaliças. A melhoria na logística de distribuição e a integração dos sistemas de pedidos têm acelerado a comercialização por meio de plataformas digitais, beneficiando todos os envolvidos no processo.

Os dados estatísticos do Boletim Prohort da Conab são levantados nas Centrais de Abastecimento localizadas em São Paulo e Campinas (SP), Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ), Vitória (ES), São José (SC), Goiânia (GO), Recife (PE), Fortaleza (CE) e Rio Branco (AC) que, em conjunto, comercializam grande parte dos hortigranjeiros consumidos pela população brasileira. As análises completas podem ser acessadas no 3º Boletim Hortigranjeiro 2025, disponível no Portal da Conab.

Informações: Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) 


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