A técnica de hidroponia flutuante, conhecida como Deep Water Culture (DWC), está revolucionando a agricultura brasileira, oferecendo uma produtividade 12,5 vezes maior que o cultivo em solo, 96% de economia de água e uma redução de 38% no desperdício de alimentos. Já consolidada na Europa, a tecnologia ganha destaque no Brasil por meio da Verdureira, empresa pioneira em saladas prontas para consumo, que alcançou R$ 16 milhões em faturamento em 2024 – o dobro de 2022 – e projeta atingir R$ 24 milhões em 2025.
Na Verdureira, as hortaliças são cultivadas em piscinas com placas flutuantes, nas quais as raízes ficam submersas em solução nutritiva oxigenada. A empresa opera 16 piscinas, produzindo 45,7 toneladas mensais de folhosas, superando a meta inicial de 39 toneladas. Além disso, a empresa utiliza a técnica NFT (Nutrient Film Technique) para produzir 30,3 toneladas adicionais. O modelo permite que a Verdureira escolha a técnica mais adequada para cada tipo de alface.
“Além de produzir 40% mais do que a hidroponia tradicional, o floating oferece resultados impressionantes. Produtividade 12,5 vezes maior que o solo, economia de água de 96% e redução de desperdício”, comenta Ari Rocha, CEO da Verdureira. A empresa também reduziu em 20% o uso de fertilizantes comparado ao NFT e utiliza 33% menos mão de obra.
A implementação do DWC começou em 2021, com testes e adaptações tecnológicas. Após uma viagem à Holanda para benchmarking, a Verdureira desenvolveu soluções próprias, evitando custos de importação. O modelo inclui piscinas que rendem até 6 toneladas mensais, e a empresa planeja expandir com 12 novas unidades, que somarão 32 toneladas a mais à produção.
Localizada em São Roque (SP), a Verdureira entrega suas hortaliças em até 24 horas após a colheita para mais de 400 estabelecimentos em São Paulo, Sorocaba e Campinas, garantindo frescor e qualidade contínua, sem a necessidade de preparar o solo entre safras.
Informações: Agro em Campo