Pesquisadores da Embrapa, em parceria com universidades brasileiras e um instituto italiano, desenvolveram um método inovador para identificar milho transgênico de forma rápida, precisa e acessível. A técnica, que combina espectroscopia de plasma induzida por laser (LIBS) e algoritmos de aprendizado de máquina, substitui os tradicionais testes de PCR, mais caros e demorados.
Enquanto o PCR analisa o DNA, a técnica LIBS dispara pulsos de laser sobre o grão, gerando plasma e revelando sua composição elementar, como carbono, nitrogênio e magnésio. Esses dados são processados por IA, com 95% de acurácia, para diferenciar grãos transgênicos de convencionais. O método, validado com 160 amostras de milho, oferece resultados em menos de 1 minuto e com custo até 80% menor que o PCR.
A nova tecnologia tem vantagens significativas: portabilidade para uso em campo, rapidez nos resultados e ampla aplicabilidade, desde laboratórios até portos. Isso garante rastreabilidade e combate à fraude, além de beneficiar indústrias, vigilância sanitária e consumidores.
A técnica já desperta interesse em países como Itália e EUA, onde a demanda por métodos rápidos de detecção cresce com o mercado de transgênicos. O próximo passo é expandir a base de dados e desenvolver dispositivos portáteis, visando atender pequenos produtores e cooperativas. A Embrapa também busca parcerias com empresas de biotecnologia para integrar o método a sistemas de controle de qualidade.
Informações: Agro em Campo