Suinocultura em Santa Catarina: Preços disparam 39% e melhoram margens

Indústria independente se destaca com aumento acentuado enquanto custos de insumos caem

07/10/2024 às 11:05 atualizado por Roberta Martins - SBA | Siga-nos no Google News
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O setor de suinocultura independente em Santa Catarina fechou setembro com um impressionante aumento de 39% nos preços pagos aos produtores, subindo de R$ 6,17 no início do ano para R$ 8,56 ao final do mês. Essa informação foi divulgada pelo presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi. O crescimento expressivo dos preços contrasta com a média de 14% registrada pelas grandes indústrias integradas, como Aurora e Pamplona, que viram suas cotações aumentarem de R$ 5,32 para R$ 6,25 por quilo.

O cenário otimista é ainda mais favorecido pela redução nos custos dos principais insumos. Entre janeiro e setembro, o preço do milho caiu 4%, enquanto o farelo de soja teve uma diminuição de 9%. Essa combinação de preços elevados e custos mais baixos permite que o setor comece a reverter parte das perdas acumuladas durante a crise, embora ainda existam débitos a serem quitados pelos suinocultores independentes.

Além disso, o mercado externo para a carne suína de Santa Catarina mostrou um desempenho positivo, com um incremento de 25 mil toneladas nas exportações de janeiro a agosto. Esse crescimento reafirma a competitividade do estado, que representa uma parte significativa das vendas do Brasil, apoiadas pela alta sanidade do rebanho catarinense. “É essencial manter a biosseguridade nas propriedades e evitar riscos sanitários, especialmente em um momento em que muitos países lidam com a Peste Suína Africana”, enfatizou Lorenzi, destacando a necessidade de cuidados redobrados nas granjas.

 

Fonte: ACCS


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