Produtores, cooperativas, pesquisadores e empresas se reuniram em Uberlândia (MG) para a 8ª edição do Encoffee, onde foram discutidos temas como mercado, preço, manejo e previsão de safra. A programação incluiu tópicos como poda e manejo, adubação adequada, correção de solo e espaçamento, além das preocupações com as mudanças climáticas e custos de produção.
Carlos Augusto, Presidente da Cooxupé, expressou otimismo em meio aos desafios, incentivando os jovens a acreditarem na cafeicultura. Durante o painel sobre ESG e novas regras de comércio, ele e José Marcos Magalhães, Presidente da Minasul, abordaram as oportunidades para a cafeicultura brasileira diante das exigências ambientais da Europa. "Estamos prontos para mostrar que nosso café é sustentável e produzido em áreas livres de desmatamento", afirmou Magalhães.
Com os preços do café alcançando níveis históricos, há preocupação com as altas temperaturas que podem impactar a safra de 2025. A saca de 60 kg do café arábica está sendo negociada a R$ 1.480,00, enquanto o conilon atinge R$ 1.510,00, segundo a consultoria Safras e Mercado.
Luiz Carlos Bastianello, Presidente da Cooabriel, destacou a necessidade de investimentos em pesquisa e qualidade, enfatizando que os cafeicultores enfrentam grandes desafios, especialmente relacionados ao clima e à mão de obra.
O evento reuniu cafeicultores de Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Bahia, Rondônia, Paraná e Goiás, proporcionando um espaço para debater novas tecnologias, certificações e gestão. "O objetivo é levar conhecimento que ajude os produtores a planejar suas estratégias", disse Luciana Martins, Diretora Executiva do Grupo Conecta.
Dentre os destaques, o Doutor em Economia Felipe Serigatti discutiu as expectativas para a economia, abordando riscos e oportunidades no cenário global e brasileiro.
A edição deste ano também marca um novo momento para o Grupo Conecta, que se prepara para o Encontro Nacional das Mulheres Cooperativistas em novembro e o inédito CCA - Congresso Conecta Agro em 2025, que busca unificar eventos e criar um ecossistema de acesso ao agronegócio.
Fonte: Agrolink