O mês de outubro inicia com uma data especial para os amantes de café, uma das bebidas mais consumidas no mundo. Neste dia 1º de outubro, celebra-se o Dia Internacional do Café, instituído pela Organização Internacional do Café (OIC). Neste ano, o tema "Café: seu ritual diário, nossa jornada compartilhada" destaca o papel do setor em promover práticas mais sustentáveis e justas, beneficiando produtores e consumidores.
O Brasil, maior produtor e exportador mundial de café, é um protagonista nesse mercado. "O café é parte essencial da vida dos brasileiros e tem grande relevância para nossa economia", afirmou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, ressaltando o compromisso do governo em apoiar a expansão da produção e o acesso a grãos de qualidade.
No país, os dois principais tipos de grãos cultivados são o arábica e o conilon (também conhecido como robusta). O café arábica (Coffea arabica), amplamente produzido em regiões de maior altitude e clima ameno, destaca-se por seu sabor suave, aroma complexo e menor teor de cafeína. Já o conilon (Coffea canephora), resistente a pragas e condições adversas, possui um sabor mais intenso e maior concentração de cafeína, sendo utilizado em blends e café solúvel.
As plantações de café ocupam o quarto lugar no ranking das culturas agrícolas mais importantes do Brasil. O arábica representa cerca de 70% da produção nacional, com destaque para os estados de Minas Gerais, São Paulo e Paraná. O conilon, que representa aproximadamente 30% da produção, é predominante no Espírito Santo e em Rondônia.
Em 2024, o Brasil exportou cerca de US$ 7,17 bilhões em café nos primeiros oito meses, registrando um aumento de 45% em relação ao ano anterior. O café verde lidera as exportações, seguido pelo café solúvel e torrado. Os principais importadores do café brasileiro são os Estados Unidos, Alemanha, Bélgica e Itália.
O Governo Federal, por meio do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), continua a apoiar o setor, oferecendo recursos para custeio, comercialização e recuperação de cafezais. Além disso, acordos internacionais, como a recente parceria com a rede chinesa Luckin Coffee, que comprará 120 mil toneladas de café brasileiro, fortalecem a presença do Brasil no mercado global.
Fonte: MAPA