Novilhos precoces respondem por 40% do total de abates de bovinos nas indústrias de MS

Nos últimos 5 meses o Programa abateu 657.224 animais, em 26 frigoríficos, somando R$ 43.113.303,00 de incentivos repassados

24/09/2024 às 11:45 atualizado por Luiza Vonghon - SBA | Siga-nos no Google News
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Dos mais de 3,5 milhões de bovinos abatidos no ano passado em Mato Grosso do Sul, 40%, ou 1,3 milhões de cabeças  foram de novilhos precoces, animais jovens com melhor acabamento de carcaça e alta qualidade. Os resultados foram obtidos graças ao trabalho constante de evolução da pecuária sul-mato-grossense, na adoção de tecnologias por parte dos produtores e também a ajuda do programa Precoce MS. 

O programa desenvolvido pelo Governo do Estado de MS, por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), que bonifica o pecuarista pelo acabamento do animal e pelo processo produtivo, passou recentemente por reformulação, igualando ambos os critérios, de modo que as iniciativas sustentáveis, da porteira para dentro, tenham o mesmo peso que o trabalho direcionado ao rebanho.

Após a reformulação, em abril de 2024, já são 521 técnicos habilitados, que vistoriam 2.250 estabelecimentos rurais cadastrados. Nos últimos 5 meses o Programa abateu 657.224 animais, em 26 frigoríficos, somando R$ 43.113.303,00 de incentivos repassados.

Com isso o Mato Grosso do Sul, que já é reconhecido pela melhor proteína produzida no Brasil, em breve deverá também ser titulado pelo melhor processo produtivo.Os números foram apresentados ontem durante o Fórum Precoce MS, evento realizado nesta segunda-feira (23), com o intuito de atualizar os RTs (Responsáveis Técnicos) sobre os novos critérios do Programa Precoce MS. 

Em parceria com a Associação dos Produtores de Novilho Precoce MS, o Fórum reuniu 180 responsáveis técnicos para debater as novas regras e adequação ao programa.

Durante a abertura do evento, o secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck, destacou o papel da pecuária no contexto da produtividade de MS. “Apesar de já termos resultados excepcionais, onde já conseguimos reduzir o tempo médio de abate dos animais do Estado em 17 meses. O que nós estamos discutindo hoje com o setor e com as assistências técnicas é um aprimoramento do programa e uma modernização”.

Segundo o presidente da Associação Novilho Precoce MS, Rafael Gratão, o programa muda a cara da pecuária estadual. “Entre os objetivos está a oportunidade de nos dedicarmos a uma pecuária diferente, cada vez mais eficiente. Esse processo contribuirá para que possamos vender nossa carne em mercados que pagam mais, como o da Europa, onde tudo é certificado e comprovado”.

Para o diretor-tesoureiro do Sistema Famasul, Frederico Stella, o Precoce MS merece reconhecimento por sua credibilidade. “Uma nova formulação de ações, como o Precoce MS, sempre gera dúvidas, e este é o lugar certo para esclarecê-las. Aqui estão as pessoas que conhecem o programa e farão a diferença para o desempenho da pecuária no estado”, afirmou, alertando também para o risco de o Programa ser encerrado em 2032, caso não haja alterações na reforma tributária.`

O secretário Jaime Verruck reforça que o programa é uma demonstração do avanço tecnológico da pecuária. “Quando olhamos para a proteína, nos últimos 8 ou 10 anos, constatamos que a pecuária perdeu cerca de 4 milhões de hectares. Às vezes focamos na questão da área, mas, na verdade, foi a pecuária que talvez tenha feito a maior demonstração de ganho e avanço tecnológico no estado, uma vez que se reduziu o tempo médio de abate dos animais, avançamos na qualidade e o peso médio aumentou”, completou. “Estamos produzindo mais carne de qualidade com menos hectares. Entendemos que a pecuária em Mato Grosso do Sul é uma atividade fundamental para o desenvolvimento econômico".

 

Informações e imagem: Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação


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