Queda de até 1,4% no milho na B3 reflete pressões externas e internas

Preços futuros do milho sofrem desvalorização devido à fraqueza do dólar

18/09/2024 às 17:01 atualizado por Roberta Martins - SBA | Siga-nos no Google News
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Na quarta-feira (18), os preços futuros do milho na Bolsa Brasileira (B3) fecharam em queda, com desvalorização de até 1,4%. As cotações oscilaram entre R$ 66,30 e R$ 70,51. O contrato de novembro/24 foi cotado a R$ 66,30, apresentando uma queda de 1,41%, enquanto o janeiro/25 ficou em R$ 69,00, com baixa de 1,12%. O contrato de março/25 teve preço de R$ 70,51, com desvalorização de 0,49%, e o de maio/25 foi negociado a R$ 69,26, apresentando queda de 0,52%.

De acordo com a análise da Agrinvest, a pressão nos preços é causada pela fraqueza do dólar, pela queda nas cotações em Chicago e pela lentidão no programa de exportação do Brasil. “Após atingir o maior nível em sete meses na semana passada, os contratos têm registrado quedas consecutivas. As expectativas pessimistas para as exportações brasileiras, somadas aos baixos níveis dos rios Madeira e Tapajós, indicam uma possível elevação nos estoques internos, fazendo com que os compradores brasileiros adotem uma postura cautelosa”, afirmam os analistas.

A entrada da colheita nos Estados Unidos e o aumento na estimativa da safra de milho da Ucrânia também estão contribuindo para a pressão nos preços. No mercado físico brasileiro, a saca de milho teve elevações em várias localidades, embora Sorriso/MT tenha registrado desvalorização. As valorizações ocorreram em praças como Ubiratã/PR, Londrina/PR, e Brasília/DF.

A análise da SAFRAS & Consultoria indica que os preços do milho se mantiveram estáveis na terça-feira, com os produtores sem pressão para vendas. A expectativa de queda no câmbio ajudou a conter o fluxo de negócios, conforme destaca Paulo Molinari, consultor da Safras & Mercado.

No mercado externo, os preços do milho na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam quase inalterados, com pequenas flutuações. O contrato de dezembro/24 foi cotado a US$ 4,12, com alta de 0,25 pontos, enquanto os vencimentos de março/25 e maio/25 permaneceram estáveis ou com leves elevações. A Agrinvest observa que, apesar de alguns ganhos, as novas estimativas de safra da Ucrânia, projetadas em 25 milhões de toneladas, impactam negativamente a demanda por milho brasileiro e americano.

 

Fonte: Notícias agrícolas


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