Durante a safra de verão 2023/2024, o Rio Grande do Sul experimentou um aumento significativo na incidência de ferrugem asiática da soja devido às chuvas intensas e temperaturas elevadas, condições que foram exacerbadas pelo fenômeno El Niño. Os dados, coletados pelo Monitora Ferrugem RS e divulgados na Circular Técnica 23 do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (DDPA/Seapi), indicam que todas as regiões produtoras do estado foram afetadas pela doença.
A ferrugem asiática, provocada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, foi monitorada em 74 lavouras situadas em 73 municípios, cobrindo as 11 regiões ecoclimáticas do Rio Grande do Sul. "Os volumes elevados de precipitação e as temperaturas elevadas proporcionaram condições ideais para o desenvolvimento da doença. A presença de esporos do patógeno foi registrada praticamente durante todo o ciclo da cultura, com picos de incidência observados em fevereiro e março", explica a pesquisadora Andréia Mara Rotta de Oliveira, responsável pela publicação.
Entre as regiões ecoclimáticas, a Missioneira destacou-se com a maior quantidade de esporos, seguida pelo Planalto Médio. O Programa Monitora Ferrugem RS utiliza sistemas de alerta baseados na detecção de uredósporos e nas condições climáticas para informar sobre o risco da doença, permitindo um manejo mais eficiente dos fungicidas e reduzindo custos de produção e impactos ambientais.
Atualmente, o estado está no período de vazio sanitário da soja, que vai de 3 de junho a 30 de setembro, durante o qual é proibida a manutenção de plantas de soja no campo. Neste intervalo, a equipe do Programa Monitora Ferrugem RS está se preparando para o monitoramento da safra 2024/2025, com início previsto para outubro.
Fonte: Sec. de Agricultura - RS