Brasil registra recordes em exportações de café no acumulado de 2024

Exportações atingem maior volume histórico e receitas crescem significativamente

11/09/2024 às 10:54 atualizado por Roberta Martins - SBA | Siga-nos no Google News
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O Brasil alcançou novos recordes em exportações de café até agosto de 2024, com um volume histórico de 31,892 milhões de sacas, marcando um aumento de 39,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. Essa elevação resultou em uma receita cambial sem precedentes de US$ 7,237 bilhões, um crescimento de 47,2% em comparação aos US$ 4,916 bilhões obtidos nos primeiros oito meses de 2023.

Em agosto, o país exportou 3,733 milhões de sacas, gerando US$ 955,6 milhões, o que representa um aumento de 0,7% no volume e de 31% na receita em relação ao mesmo mês do ano passado. Esses números são os mais altos registrados para o mês de agosto na história. Os dados são do relatório mensal do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).

No início da safra 2024/2025, as exportações somaram 7,516 milhões de sacas, um aumento de 11,8% em relação ao volume exportado em julho e agosto de 2023. Em termos de receita, o crescimento foi de 39,1%, passando de US$ 1,360 bilhão para US$ 1,892 bilhão.

O café arábica continua sendo o principal produto exportado, com 23,155 milhões de sacas enviadas entre janeiro e agosto, representando 72,6% do total e um aumento de 25,7% em relação ao ano anterior. A espécie canéfora segue em alta, com 6,105 milhões de sacas exportadas, um crescimento de 212,2% em relação a 2023.

Os Estados Unidos permanecem como o maior importador de café brasileiro, adquirindo 5,066 milhões de sacas, o que corresponde a 15,9% do total exportado e um aumento de 30,1% em comparação com o mesmo período do ano passado. A Alemanha e a Bélgica também destacam-se como grandes compradores, com crescimentos significativos em suas importações.

No entanto, a infraestrutura portuária ainda apresenta desafios. Dados preliminares indicam que 69% dos navios enfrentaram atrasos ou alterações de escalas para exportação, o que tem elevado os custos para os exportadores e afetado a eficiência das operações.

Cafés diferenciados, que incluem produtos de alta qualidade ou certificados de práticas sustentáveis, representaram 17,6% das exportações totais, com um volume de 5,623 milhões de sacas e um preço médio de US$ 251,20 por saca, gerando uma receita cambial de US$ 1,413 bilhão.

 

Fonte: Cecafé


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