Visita técnica revela inovação na pecuária leiteira com ordenha robotizada em Mato Grosso do Sul

Semadesc e Agraer exploram avanços tecnológicos na produção de leite, destacando benefícios da ordenha automatizada e perspectivas de futuros incentivos

10/09/2024 às 12:49 atualizado por Roberta Martins - SBA | Siga-nos no Google News
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Em uma visita técnica realizada no dia 9 de setembro, a equipe da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) e da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural de MS (Agraer) teve a oportunidade de conhecer uma fazenda inovadora dedicada à pecuária leiteira automatizada, localizada nas proximidades de Campo Grande.

O grupo, liderado pelo secretário-executivo de Desenvolvimento Econômico Sustentável, Rogério Beretta, e composto pelo coordenador de pecuária leiteira, Orlando Serrou Camy Filho; o gestor de Desenvolvimento Rural, João Roberto Felipe; o pesquisador da Agraer, Vitor de Oliveira; e o gestor em desenvolvimento agrário da Agraer, José Carlos Gasperoni, foi recebido pelo diretor agropecuário da Guarujá, Luiz Venturi, e pelo gerente de pecuária, Hamilton Luiz de Nadai. A visita teve como objetivo explorar a tecnologia de ordenha robotizada e avaliar os resultados positivos do projeto.

Na fazenda, que conta com um projeto financiado pelo Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO) e iniciado em junho, os visitantes conheceram o sistema de ordenha automatizada utilizado para vacas da raça Girolando, criadas a pasto em uma área de 130 hectares. O sistema permite que as vacas sejam ordenhadas voluntariamente até os robôs, eliminando a necessidade de manejo constante do gado. Atualmente, a fazenda opera com dois robôs, ordenhando 100 vacas e produzindo uma média de 23,4 litros de leite por vaca por dia.

Hamilton Luiz de Nadai explicou que o projeto teve início em 2018 com base em um modelo de produção da Nova Zelândia, adaptado para o clima e as condições do Centro-Oeste. A raça Girolando foi escolhida por sua capacidade de adaptação e pela criação de uma genética de animais mansos e produtivos. O sistema a pasto promove o bem-estar dos animais e pode representar um diferencial significativo no mercado.

Apesar do elevado custo inicial da tecnologia de ordenha robotizada, o investimento é considerado vantajoso a longo prazo, com uma margem de produção de leite 30% maior em comparação ao sistema tradicional. A tecnologia também reduz o desperdício de alimentação, pois as vacas consomem apenas o necessário.

O secretário Rogério Beretta avaliou a visita como extremamente produtiva, destacando a importância de iniciativas que promovem uma mudança de paradigmas na pecuária leiteira, como a ordenha automatizada e a produção a pasto. Ele também ressaltou que o Governo do Estado está prestes a lançar um programa de incentivos financeiros para a produção de leite, que recompensará os produtores com base em seu desempenho. Além disso, será implementado um programa de melhoramento genético do rebanho, com parcerias para fornecer embriões sexados e animais de alta qualidade.

Beretta concluiu que o objetivo é transformar a produção leiteira no Estado, aumentando a competitividade dos laticínios e promovendo melhorias significativas na genética e nas práticas de produção.

 

Fonte: SEMADESC


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