O mercado de boi gordo segue apresentando um cenário de alta, com os preços de negociação superando as cotações oficiais em todo o Brasil. Essa valorização é acompanhada por uma redução significativa na escala de abate, embora ainda haja alguma atividade, mesmo que modesta.
Uma das principais questões atuais no setor é a comercialização, considerando os valores de mercado, as projeções futuras e o impacto da entrada de animais de confinamento na segunda quinzena de setembro e em outubro.
Apesar das variações, é prudente que os pecuaristas considerem estratégias de proteção nas negociações, dado o ambiente atual. Os dados podem parecer contraditórios, mas refletem uma realidade complexa: há uma redução no número de animais disponíveis para abate, comparativamente, o volume de animais disponíveis é alto em relação a anos anteriores, o ritmo de abate é recorde e as exportações de carne bovina estão em alta. O consumo doméstico também aumentou, influenciando as decisões dos pecuaristas.
Em agosto, as exportações de carne bovina atingiram um volume histórico de 217,45 mil toneladas, marcando um crescimento de 17,4% em relação ao mesmo período do ano passado, com uma média diária de 9,88 mil toneladas, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior. O faturamento também registrou um aumento, atingindo US$ 964,23 milhões, uma elevação de 15,4% comparado ao ano anterior. O valor médio pago por tonelada foi de US$ 4.434.
Fonte: Canal pecuarista