As cotações da soja em Chicago estão experimentando uma recuperação significativa após terem atingido o menor valor em mais de quatro anos. De acordo com a Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (CEEMA), o preço do bushel de soja, que caiu para US$ 9,38 no dia 16 de agosto, fechou a quinta-feira (5) em US$ 10,08. Esse valor representa um aumento em relação aos US$ 9,73 da semana anterior. A média de agosto foi de US$ 9,84 por bushel, marcando uma queda de 11,8% em relação ao mês anterior.
Em comparação anual, os preços ainda mostram um recuo significativo. Em agosto de 2023, a média era de US$ 13,88 por bushel, evidenciando uma diminuição de mais de quatro dólares ao longo de 12 meses. Contudo, a situação das lavouras nos Estados Unidos contribuiu para a alta recente, com 65% das áreas classificadas como boas ou excelentes no início de setembro, em comparação aos 53% do ano passado.
A demanda, especialmente da China, tem desempenhado um papel crucial na recuperação dos preços. Dados do CEEMA indicam que a China adquiriu 23 navios de soja nesta semana, com 12 deles originários dos Estados Unidos. Esse aumento na demanda fortaleceu os preços em Chicago e elevou os prêmios nos portos norte-americanos, refletindo também nos preços do Brasil, onde o interesse chinês se voltou para o mercado local.
Além disso, a expectativa de redução das taxas de juros nos Estados Unidos, prevista para o período entre 17 e 18 de setembro, tem levado os fundos de investimento a aumentar a compra de commodities, incluindo contratos de soja. Esse movimento está ajudando a pressionar ainda mais os preços para cima.
No Brasil, os preços internos da soja também reagiram ao cenário global. De acordo com a CEEMA, a média no estado do Rio Grande do Sul foi de R$ 121,33 por saco, enquanto em outras regiões do país, os valores variaram entre R$ 118,00 e R$ 130,00 por saco.
Fonte: Agrolink