Alta dos preços da soja e resistência de produtores aumentam incertezas no mercado brasileiro

Fatores como a alta demanda chinesa e preocupações climáticas impulsionam os preços

02/09/2024 às 17:13 atualizado por Roberta Martins - SBA | Siga-nos no Google News
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Os preços da soja continuam a subir no mercado brasileiro, impulsionados pela crescente demanda da China e pela valorização internacional. Os pesquisadores do Cepea observam que o mercado permanece aquecido devido a esses fatores. Ao mesmo tempo, muitos sojicultores brasileiros estão relutantes em negociar o restante da safra 2023/24, focando agora nas condições climáticas que podem afetar o início da próxima semeadura.

A ausência de umidade nas principais regiões produtoras é uma preocupação crescente. Sem previsão de chuvas no curto prazo, o início das atividades para a safra 2024/25 pode ser adiado, de acordo com os especialistas do Cepea.

Embora os preços estejam em alta recentemente, a média de agosto foi a mais baixa desde abril deste ano quando ajustada pela inflação (IGP-DI de julho/24). O Indicador ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá marcou uma média de R$ 132,98 por saca de 60 kg, uma queda de 3,7% em relação a julho e 14% menor do que no mesmo mês do ano passado. O Indicador CEPEA/ESALQ – Paraná registrou uma média de R$ 129 por saca, com uma retração de 3,4% mensal e 11,4% anual.

No setor de tratamento de sementes, houve um crescimento significativo de 18% na safra 2023-24, alcançando R$ 3,6 bilhões, conforme o levantamento FarmTrak Soja da Kynetec Brasil. O estudo destaca que 99% da área plantada com soja no Brasil, equivalente a 44 milhões de hectares, já utiliza sementes tratadas com fungicidas, inseticidas e nematicidas. Esse aumento no uso de tratamentos mostra a importância de práticas preventivas para assegurar o potencial produtivo e proteger as culturas contra pragas e doenças iniciais.


Fonte: Agro em campo


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