Dezenas de voluntários chegaram ao interior do Pantanal para oferecer ajuda e assistência aos ribeirinhos em uma ação humanitária organizada pelo Governo do Estado e coordenada pela Defesa Civil. Com o lema de "não deixar ninguém para trás", a primeira Operação Humanitária visa atender às necessidades das comunidades afetadas, especialmente após as queimadas que atingiram a região.
Durante esta semana, os moradores da área do Taquari receberão cestas básicas, água potável e atendimento médico e social. Mais de 230 famílias serão beneficiadas pela ação. Lúcia Barrios Conti, uma das voluntárias, expressou seu desejo de ajudar os ribeirinhos: "Sempre gostei de ajudar o próximo, ser uma pessoa útil, por isso me interessei em ser voluntária da Defesa Civil. Os ribeirinhos sofreram com as queimadas e ainda enfrentam a distância", afirmou.
Kelly Rolon Batistoti, que trabalha na logística da operação, ressaltou a importância do trabalho para a comunidade local. "É um sentimento único acolher essas pessoas que estão em locais isolados, esperando ajuda. Isso é levar dignidade a quem precisa", disse. Isabella Dalla, coordenadora da equipe de saúde, comentou que a operação conta com uma equipe de cinco profissionais, incluindo médicos, enfermeiros e veterinários, para fornecer apoio essencial. Ela também destacou a parceria com o município de Corumbá para continuar o tratamento, se necessário.
O programa Mais Social também estará presente para ajudar na renda das famílias vulneráveis do Pantanal. Márcia Arguelho da Silva, responsável pelo cadastro dos beneficiários, afirmou que o programa oferece um cartão social no valor de R$ 450,00 mensais para a compra de alimentos e produtos de higiene.
A equipe da Operação Humanitária partiu de Corumbá na segunda-feira (26) e enfrentou uma longa jornada de quase oito horas por estradas de chão e balsas para chegar à base operacional na região do Paiaguás. O capitão da Defesa Civil, Maxwelbe de Moura Fé, comentou sobre as dificuldades de acesso: "O trajeto nos mostra como é difícil para eles saírem das suas comunidades e chegar às cidades".
A operação seguirá até o dia 31 de agosto, atendendo as comunidades de Corixão, Cedrinho, João Banana, Escola Nazaré, Porto Rolon e Fazenda Santa Aurélia. Dona Noca, moradora local há 44 anos, expressou sua gratidão: "Este atendimento de saúde será muito importante para a nossa comunidade. Apesar das dificuldades, nunca vou deixar o Pantanal; aqui moram pessoas humildes de bom coração".
Fonte e imagem: Agência de Noticias do Governo de Mato Grosso do Sul