Nesta terça-feira (27), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, participou da abertura do 11º Congresso Brasileiro de Fertilizantes, promovido pela Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda) em São Paulo. Durante o evento, Fávaro destacou as ações do Governo Federal voltadas para impulsionar o setor agropecuário brasileiro e criar novas oportunidades para os produtores rurais.
O ministro apresentou o novo Plano Safra, que este ano dispõe de recursos de R$ 400,59 bilhões para apoiar o setor agropecuário. Este valor representa um aumento de 10% em relação ao plano anterior, tornando-o o maior da história. Fávaro ressaltou que, comparado ao Plano Safra anterior, houve um incremento total de 40% nos recursos, além de uma redução no custo de produção agrícola que fez com que o atual plano fosse aproximadamente 63% mais eficaz.
Fávaro também destacou a importância da retomada das boas relações diplomáticas para a abertura de novos mercados para o agro brasileiro. Desde o início do governo do presidente Lula em 2023, foram conquistados 168 novos mercados em 58 países.
O ministro reforçou o compromisso do governo em desenvolver políticas para aumentar a produção de fertilizantes no Brasil e reduzir a dependência da importação desse insumo. “Estamos comprometidos com a modernização e com a redução da dependência total de fertilizantes. O Plano Nacional de Fertilizantes estabelece que fertilizantes são um produto de segurança nacional, refletindo a responsabilidade do Brasil com as indústrias”, afirmou Fávaro.
Além disso, o ministro apresentou o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis (PNCPD), enfatizando a importância dos fertilizantes para atingir as metas do programa e o compromisso com a produção e uso de biofertilizantes.
O presidente do Conselho de Administração da Anda, Eduardo Monteiro, destacou que a agricultura brasileira tem avançado em inovações e tecnologias que aumentam a fertilidade do solo e a produtividade das plantas. “Os produtores brasileiros são reconhecidos pelo uso eficiente dos fertilizantes, que contribui para um uso mais racional da terra”, observou Monteiro.
Durante a abertura do congresso, Fávaro também expressou solidariedade aos agricultores e à população afetada pelos incêndios em municípios paulistas. “Trago uma mensagem do presidente Lula: estamos dispostos a colaborar na construção de uma proposta que inclua recursos, taxas de juros e prazos de carência para apoiar os produtores afetados na recuperação”, declarou o ministro.
O Congresso Brasileiro de Fertilizantes, realizado desde 2011, tem como objetivo discutir temas relevantes para o agronegócio e a sustentabilidade, incluindo análise de mercado, gestão de negócios, melhores práticas de ESG e inovação, além de perspectivas para o setor na retomada da economia. O evento contará com quatro painéis temáticos: “Economia Mundial e as Expectativas para Oferta e Demanda Global de Fertilizantes”; “A Economia Brasileira, o Agronegócio e as Expectativas de Entregas de Fertilizantes”, com participação do secretário de Política Agrícola do Mapa, Guilherme Campos; “Fertilizantes e a Sustentabilidade do Planeta e Saúde Humana”; e “O Agro do Futuro e os Fertilizantes”.
A abertura do congresso contou também com a presença do secretário de Agricultura e Abastecimento do estado de São Paulo, Guilherme Piai, e do professor emérito da Fundação Getúlio Vargas e ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues.
Plano nacional de fertilizantes
Atualmente, o Brasil responde por cerca de 8% do consumo global de fertilizantes, ocupando a quarta posição mundial, atrás de China, Índia e Estados Unidos. Contudo, mais de 87% dos fertilizantes utilizados no país são importados, evidenciando uma alta dependência externa.
Para enfrentar essa situação, o Conselho Nacional de Fertilizantes e Nutrição de Plantas (Confert), liderado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, aprovou em novembro de 2023 as diretrizes e metas do novo Plano Nacional de Fertilizantes (PNF). O objetivo é que, até 2050, a produção nacional possa atender de 45% a 50% da demanda interna, gerando oportunidades e empregos para os brasileiros. O plano também visa reduzir a dependência externa e estimular o uso de tecnologia nacional, promovendo práticas sustentáveis e o uso de novos materiais e insumos de origem biológica e agromineral.
Fonte: MAPA