Mato Grosso do Sul enfrenta um cenário alarmante de incêndios florestais, com um aumento expressivo na área queimada no bioma Pantanal. De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar (CBMMS), a área queimada no Pantanal subiu 4.670,3% em relação ao ano anterior, totalizando 1.495.475 hectares até o dia 20 de agosto. Esse crescimento vertiginoso também se reflete no número de focos de calor, que aumentaram 1.982,4% em comparação com 2023.
O relatório do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de MS (CEMTEC) destaca que os municípios de Corumbá, Aquidauana e Miranda concentram a maior parte dos focos de incêndio, somando 93,1% do total registrado no Pantanal. Desde abril, 839 bombeiros têm atuado intensivamente na região como parte da Operação Pantanal 2024, em esforços de prevenção, preparação e combate aos incêndios.
A previsão para o trimestre de agosto a outubro de 2024 indica condições meteorológicas que favorecem a ocorrência de novos incêndios, especialmente na região pantaneira, que se encontra em nível de "alerta". As altas temperaturas, que podem atingir até 40°C, aliadas à baixa umidade do ar, entre 10-20%, criam um ambiente propício para a propagação rápida do fogo.
O perigo de fogo no Pantanal atinge o nível "extremo" nos dias 21 e 22 de agosto, tornando as operações de combate ao fogo extremamente desafiadoras, mesmo com o uso de meios aéreos. A partir do dia 23, o risco de fogo permanece elevado, variando entre "alto", "muito alto" e "extremo", com uma breve queda nas temperaturas prevista para o final de semana, mas com rápida elevação nos dias subsequentes.
A situação é crítica e exige atenção contínua das autoridades e da população local para minimizar os impactos ambientais e proteger as áreas naturais do estado.
Fonte: CEMTEC