Colheita do milho safrinha atinge 85,3% em Mato Grosso do Sul, com redução significativa na produção

Aprosoja/MS relata queda na qualidade das lavouras e uma redução de 19,1% na produção inicialmente esperada devido ao estresse hídrico

14/08/2024 às 14:24 atualizado por Roberta Martins - SBA | Siga-nos no Google News
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A Aprosoja/MS divulgou seu Boletim Semanal da Casa Rural, informando que a colheita da segunda safra de milho em Mato Grosso do Sul alcançou 85,3% da área plantada, um avanço em relação aos 77,9% registrados na semana anterior. Esse índice é 52,1 pontos percentuais superior ao observado no mesmo período de 2023.

Apesar do progresso na colheita, as lavouras que permanecem no campo mostram sinais de deterioração. Os técnicos da Aprosoja/MS classificaram 38,1% das áreas como boas, 26,4% como regulares e 35,6% como ruins, números que refletem uma piora em relação à semana anterior, quando 39,4% das áreas foram consideradas boas.

As regiões Sul-Fronteira, Sudoeste e Sudeste se destacaram negativamente, com 59%, 51,9% e 46,1% das lavouras classificadas como ruins, respectivamente. Em contrapartida, as regiões Nordeste, Norte e Oeste apresentaram melhores condições, com 86%, 74% e 57% das áreas sendo avaliadas como boas.

O relatório da Aprosoja/MS também destacou as condições climáticas adversas, com chuvas esparsas e uma frente fria que trouxe temperaturas mínimas recordes, atingindo -0,2°C em Iguatemi e 0°C em Rio Brilhante. Essas condições climáticas contribuíram para um estresse hídrico significativo, que foi identificado como a principal causa da redução do potencial produtivo na safra 2023/2024.

Com base em uma amostragem de 10% (221.800 hectares) da área estimada, a produção de milho safrinha foi revisada para baixo, passando de uma expectativa inicial de 11,485 milhões de toneladas para 9,285 milhões de toneladas, representando uma redução de 19,1% em relação ao esperado inicialmente e 34,7% a menos do que a safra anterior. A produtividade média também caiu, sendo prevista em 69,77 sacas por hectare, uma retração de 30,7%.

"O estresse hídrico afetou uma área total de 789 mil hectares no estado, com períodos de seca severa entre março e julho, levando à perda total da produção em algumas áreas. Em certas situações, os produtores optaram por deixar a vegetação como cobertura do solo, pois a colheita não seria economicamente viável", explica a associação.

A publicação ressalta que os dados apresentados ainda são preliminares, e a amostragem das áreas continua, com a conclusão prevista para 13 de setembro.

Fonte: Aprosoja/MS


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