O Centro de Previsão Climática dos EUA (CPC/NCEP) informou que um novo episódio de La Niña pode começar entre setembro e novembro de 2024, com uma chance de 66% de ocorrer. Inicialmente previsto para o inverno, o fenômeno sofreu um atraso e agora é esperado para a primavera. Apesar disso, a previsão é de que La Niña seja de fraca intensidade, o que pode alterar seus impactos habituais no Brasil.
Se o fenômeno se confirmar, as regiões Norte e Nordeste do Brasil poderão receber mais chuvas do que o normal, favorecendo a agricultura local. Por outro lado, o Sul do país pode enfrentar uma redução nas precipitações. Contudo, devido à fraca intensidade prevista, o tradicional atraso nas chuvas da primavera, comum em anos de La Niña, pode não se manifestar com a mesma força. Os efeitos do fenômeno, se ocorrerem, devem ser percebidos apenas no final da primavera ou início do verão, período que já é naturalmente chuvoso em várias regiões brasileiras.
Atualmente, o Brasil está em uma fase de ENSO-neutral, ou seja, sem a influência de El Niño ou La Niña, com as temperaturas do Pacífico próximas da média. No entanto, cientistas observam um resfriamento das águas abaixo da superfície, o que pode indicar o início de La Niña nos próximos meses.
As projeções sugerem que, caso La Niña se desenvolva como esperado, seus efeitos poderão se prolongar até o inverno do Hemisfério Norte, entre novembro de 2024 e janeiro de 2025, trazendo mudanças climáticas mais significativas no Brasil a partir do final do ano.
Fonte: Climatempo