Geadas ameaçam produção de feijão e pressionam o mercado

Previsões de frio intenso preocupam agricultores e podem impactar preços e qualidade do feijão

08/08/2024 às 09:39 atualizado por Roberta Martins - SBA | Siga-nos no Google News
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O mercado de feijão no Brasil atravessa um momento decisivo, com a colheita progredindo em importantes estados produtores. Este período é caracterizado por flutuações nos preços, nem sempre favoráveis, além de crescentes preocupações com o clima, que podem afetar a produção.

Colheita e preços: A colheita de feijão-carioca segue em bom ritmo em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. Contudo, os preços permanecem estáveis nesta semana, especialmente para o feijão-carioca de escurecimento rápido, que está sendo negociado em torno de R$ 210 em Goiás e Minas Gerais. Já o feijão-carioca de escurecimento lento é comercializado entre R$ 220 e R$ 230 nesses estados. A qualidade do feijão também varia, com a porcentagem de grãos peneira 12 sendo um fator crucial. A maioria dos grãos apresenta uma cor entre 9 e 9,5, o que indica boa qualidade. Entretanto, a pressão da mosca branca levou alguns produtores a plantar mais tarde, colocando as lavouras tardias em risco, dependendo da intensidade e extensão das condições adversas.

Preocupações climáticas: Uma das maiores preocupações atuais é a previsão de frio intenso para o final de semana. Além do Sul e São Paulo, as regiões Sul de Minas e Goiás também estão em alerta. Geadas fora da região Sul do Brasil são incomuns nesta época do ano, mas a expectativa de temperaturas baixas está gerando apreensão entre os produtores. As lavouras plantadas tardiamente são particularmente vulneráveis a essas condições climáticas. No Sul do Brasil, é comum encontrar lavouras no nordeste do Paraná que foram plantadas fora do período recomendado, o que as coloca em maior risco devido às geadas previstas. A extensão do frio e seu impacto nas plantações ainda são incertos, mas os produtores estão em alerta máximo.

Feijão-preto e rajado: A demanda por feijão-preto permanece alta, mas a oferta limitada tem mantido os preços elevados, com pouca variação. Já o feijão-rajado, outra variedade bastante procurada, está sendo negociado entre R$ 270 e R$ 280 em Minas Gerais e Goiás. A oferta restrita dessas variedades contribui para a estabilidade dos preços.

 

Fonte: Ibrafe


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