
A Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul) divulgou seu Boletim Semanal da Casa Rural, apontando novos dados sobre as lavouras do estado. Segundo o levantamento, a colheita da segunda safra de milho avançou de 49,6% na semana anterior para 65,9% do total semeado. Este índice é 49,7 pontos percentuais superior ao registrado no mesmo período de 2023.
Quanto às lavouras ainda em campo, os técnicos da Famasul classificaram 39,5% das áreas como boas, 26% como regulares e 34,5% como ruins, índices semelhantes aos da semana anterior.
As regiões mais afetadas negativamente são Sul-Fronteira, com 56,6% das lavouras consideradas ruins, Sudoeste com 51,9% e Sudeste com 46,1%. Em contrapartida, as regiões Nordeste, Norte e Oeste apresentaram 86%, 74% e 58% das áreas classificadas como boas, respectivamente.
Os últimos dias foram marcados por clima seco e quente, com temperaturas máximas de 38°C em Corumbá e umidade relativa do ar de 13% em Aquidauana, Corumbá, Coxim e Nhumirim-Nhecolândia no dia 28 de julho de 2024, segundo os técnicos da Famasul.
Após uma amostragem de 10% (221.800 hectares) da área estimada, a produção inicialmente esperada de 11,485 milhões de toneladas foi reduzida em 19,1%, totalizando agora 9,285 milhões de toneladas, 34,7% a menos do que a safra passada. A produtividade prevista é de 69,77 sacas por hectare, uma retração de 30,7%.
“O estresse hídrico foi a principal causa da perda de potencial produtivo na segunda safra de milho de 23/24, impactando uma área total de 767 mil hectares no estado de Mato Grosso do Sul. Períodos de seca ocorreram entre março e abril, com duração de 10 a 30 dias, e mais recentemente entre abril e julho, totalizando 90 dias sem chuva. A região norte do estado já está há mais de 100 dias sem precipitação”, explica a Famasul.
Por fim, a publicação destaca que “é importante ressaltar que esses números ainda não são oficiais, pois a amostragem das áreas ainda está em andamento, com previsão de término para o dia 13 de setembro”.
Fonte: Notícias agrícolas