Mato Grosso do Sul é o pioneiro na implementação do Manejo Integrado do Fogo como prevenção a incêndios florestais

O governo estadual investiu cerca de R$ 55 milhões na aquisição de equipamentos e na formação de profissionais

31/07/2024 às 09:38 atualizado por Luiza Vonghon - SBA | Siga-nos no Google News
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Aprovada recentemente pelo Senado Federal e a ser sancionada nesta quarta-feira (31/7) pela Presidência da República, a Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo, estabelece diretrizes para o uso controlado do fogo em atividades de manejo de vegetação como forma de prevenir a ocorrência de incêndios florestais, reduzir os danos causados e aumentar a capacidade de seu enfrentamento.

Mato Grosso do Sul, impactado pelos incêndios florestais de 2019 e 2020, foi pioneiro no país a adotar um plano específico de Manejo Integrado do Fogo (MIF) ainda enquanto a política nacional estava em tramitação. Esta antecipação permitiu ao Estado uma resposta mais eficaz e integrada às emergências ambientais.

Este avanço se consolidou com a criação do Plano Estadual de Manejo Integrado do Fogo (PEMIF), instituído pelo Decreto nº 15.654, de 15 de abril de 2021. Esta ação reflete um esforço coordenado do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) e o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul (CBMMS), em parceria com a superintendência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no Estado.

“O PEMIF introduziu uma série de medidas para a prevenção, preparação, resposta e responsabilização em relação aos incêndios florestais. Uma das inovações mais significativas foi a criação da Sala de Situação de Informações Sobre Fogo, que centraliza dados e análises para auxiliar na formulação e execução de políticas públicas. Este centro de monitoramento permite uma resposta rápida e eficiente, integrando diversas agências governamentais e a sociedade civil”, informa o secretário Jaime Verruck, da Semadesc.

O manejo do fogo em Mato Grosso do Sul abrange uma ampla gama de práticas, incluindo a realização de queimadas controladas e prescritas, que necessitam de autorização do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul). “Essas práticas são essenciais para o controle da biomassa acumulada, reduzindo o risco de grandes incêndios florestais. Além disso, a implementação de aceiros durante o período chuvoso tem se mostrado eficaz na mitigação dos incêndios”, acrescenta Verruck.

Entre 2021 e 2022, o governo estadual investiu cerca de R$ 55 milhões na aquisição de equipamentos e na formação de profissionais. Cursos especializados, como operações com drones e manejo de aeronaves remotamente pilotadas, foram ministrados para melhorar a capacidade de resposta dos bombeiros.

 

Informações e imagem: Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação

 


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