(Foto: São Paulo, Pedro Gambassi)
O Instituto Nacional de Meteorologia registrou apenas 13% de umidade no ar em São Paulo às 13h desta terça-feira (23). Este é o menor nível de umidade registrado por medição automática desde novembro de 2021, quando o índice também foi de 13%.
Estiagem
A ausência de chuva desde maio tem sido notável em grande parte do Brasil. Em São Paulo, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia no Mirante de Santana, na zona norte da cidade, a última chuva significativa, com acumulado igual ou superior a 10 mm em 24 horas, ocorreu entre os dias 9 e 10 de julho, acumulando aproximadamente 35 mm.
Até agora, julho de 2024 já acumulou cerca de 61 mm de chuva no Mirante de Santana, segundo medições automáticas. O problema é que toda essa chuva caiu em apenas 2 dias. Em junho, praticamente não choveu em São Paulo, com apenas chuviscos registrados em 3 dias. Em maio, houve chuva em apenas 5 dias e, em abril, em 7 dias.
Bloqueio atmosférico está chegando ao fim
Nos últimos dias, um forte bloqueio atmosférico desviou as frentes frias para o alto mar, mantendo uma grande massa de ar seco sobre o interior do país, inclusive sobre o estado de São Paulo.
Esse bloqueio atmosférico deve começar a enfraquecer a partir de 26 de julho, mas até o próximo domingo (28), não há previsão de chuva para a região da Grande São Paulo. Até lá, a umidade do ar deve permanecer baixa, prejudicando a qualidade do ar. As tardes devem ficar mais quentes até o fim de semana, com temperaturas entre 4°C e 6°C acima da média para julho.
A falta de chuva e o ar parado devem aumentar a concentração de poluentes.