Operação Pantanal: Há seis focos de incêndios ativos

A elevação da temperatura e baixa umidade relativa do ar, resultaram em um aumento considerável no surgimento dos pontos de calor

19/07/2024 às 10:23 atualizado por Luiza Vonghon - SBA | Siga-nos no Google News
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nformações do Boletim Diário da Operação Pantanal relatam que, nos últimos dias, as operações de combate aos incêndios florestais no Estado de Mato Grosso do Sul se mantém em um ritmo relativamente tranquilo, com uma baixa quantidade de focos de incêndio. 

No entanto, as condições climáticas adversas dessa quinta-feira (18/7), caracterizadas pela elevação da temperatura e pela baixa umidade relativa do ar, resultaram em um aumento considerável no surgimento dos pontos de calor.

Os trabalhos se direcionaram a seis focos de incêndio ativos. Na região Rabicho próxima ao Rio Paraguai, até a última passagem do satélite, pouco antes da conclusão deste relatório, a estimativa de área queimada girava em torno de 5.000 hectares. 

No local foi elaborada uma estratégia de pontos de contenção e linhas de controle, utilizando barreiras naturais e artificiais para limitar a propagação do fogo. A ação de primeira resposta na área com foco ativo de incêndio no Porto da Manga conta com uma equipe para avaliação in loco, além do acompanhamento via satélite para determinar a extensão.

Na região da Nhecolândia, próximo ao Rio Paraguai, o foco de incêndio apresenta dois pontos isolados, sem risco de propagação, pois se concentra dentro da linha de defesa. Todavia, serão encaminhadas equipes ao local para realizar o reconhecimento e a avaliação da área. Uma equipe foi deslocada para combater um foco de incêndio na região de Brasilândia-MS. O incêndio, que começou na tarde de ontem (18), devido às condições climáticas secas e aos
ventos fortes, destaca-se em grande atenção. Os bombeiros trabalharão para evitar que os focos se espalhem para áreas residenciais e agrícolas.

Na região próxima ao município de Bonito-MS, surgiu um foco de incêndio ativo nessa quinta-feira (18/7), dentro de uma área rural ao qual foram empenhadas equipes para combate direto e contenção do foco. Na área foi redobrada a atenção por ser uma região agrícola e o material orgânico do local ser de alta combustão.

EM AÇÃO

São 102 bombeiros militares do CBMMS. Existe também o apoio efetivo de 80 militares da Força Nacional de Segurança Pública, além de militares das Forças Armadas (Marinha, Exército e Força Aérea Brasileira), da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul e 233 agentes do IBAMA, ICMBio e brigadistas do PrevFogo.

FROTA

São 13 aeronaves dos Governos Estadual e Federal, sendo 5 “Air Tractor”, 7 helicópteros e 1 cargueiro KC390 Millenium. A frota ainda conta com 5 caminhões de combate a incêndio, 6 embarcações, 10 caminhonetes do CBMMS e 24 caminhonetes da Força Nacional, todas equipadas com kit pick-up, mochilas costais, sopradores e equipamentos de proteção individual.

PREVISÃO DO TEMPO

As condições climáticas desta quinta-feira (18) apresentaram um cenário bastante desfavorável para as operações de combate. A temperatura na região atingiu picos de 33 ºC, o que aumentou significativamente o risco de incêndios florestais. Além disso, a alta temperatura, aliada com 31% de umidade relativa do ar (próximo ao estado de atenção,
conforme a Organização Mundial da Saúde), pode provocar um desgaste físico maior nas equipes de combate. Os ventos, que hoje atingiram rajadas de até 36 km/h, estão soprando do norte. Essas rajadas não apenas aumentam o risco de propagação rápida do fogo, mas também complicam a direção e controle das chamas.

ÁREA QUEIMADA EM MS

Desde o começo do ano até 16 de julho, quase 593 mil hectares foram queimados no Pantanal sul-mato-grossense, o que corresponde a 6% do total de 9 milhões de hectares da região pantaneira no Estado. O aumento chega a 147% em relação ao mesmo período de 2020, quando foram queimados 239,4 mil hectares - considerada até então, a pior temporada de incêndios. Os números são do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais do Departamento de Meteorologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

FOCOS DE CALOR

Os focos de calor detectados via satélite chegam a 3.099 de janeiro até 16 de julho, segundo dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Aumento de 38,7% em relação ao mesmo período de 2020, quando foram 2.235 registros.

 

Informações e imagem: Boletim Diário Operação Pantanal 2024


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