A estiagem agrícola no Mato Grosso do Sul tem preocupado produtores de milho segunda safra. Várias áreas do estado estão a mais de 50 dias sem chuva em uma fase importante de desenvolvimento vegetativo da cultura. Ao menos 30% das lavouras vem sentindo os efeitos da seca e do estresse hídrico, segundo a Aprosoja MS.
Estima-se que a segunda safra deste ano seja 5,8% menor em comparação ao ciclo anterior (2022/2023), cobrindo uma área de 2,2 milhões de hectares. A produção está projetada em 11,4 milhões de toneladas, o que representa uma redução de 19,2%. A produtividade esperada é de 86,3 sacas por hectare, uma queda de 14,25%.
Por outro lado, o tempo mais firme tem contribuído para o avanço das atividades de colheita. Até o momento, 10% da área já foi colhida no estado, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), e os produtores não devem enfrentar problemas, pois a tendência ainda é para um tempo mais firme e seco no decorrer dos próximos 15 dias.
Neste final de semana, uma nova frente fria deve se aproximar do Sul do país e provocar chuva em todo Mato Grosso do Sul entre sábado e terça-feira. Os volumes acumulados não serão elevados, mas já funcionarão como um alívio ao produtor que não vê água a semanas.
É importante reforçar que essas precipitações não servirão para repor a água no solo, então o milho safrinha ainda pode sofrer com este cenário de seca. Muita atenção na faixa mais ao sul do estado, pois há chance de geada em lavouras do grão entre domingo e terça-feira.
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*Com informações da Climatempo