
No mês de dezembro do ano passado, a Petrobras lançou um edital de licitação para contratar serviços da obra da fábrica de fertilizantes UFN III, localizada em Três Lagoas (MS).
De acordo com o edital aberto pela Petrobras em 22 de dezembro de 2023, também está prevista a contratação de análise de modelos 3D, análise da documentação técnica existente, levantamento de campo, avaliação qualitativa de itens montados e armazenados, elaboração de planilhas quantitativas, marcação de documentos de projeto e registro de informações no Sistema Mecanizado de Estimativa de Custos (SMEC) da Petrobras.
Os detalhes da licitação estão disponíveis no site de compras da Petrobras, Petronect, sob o ID 7004233319. O prazo para o envio das propostas comerciais estará em vigor até 31 de janeiro de 2024. Conforme informações divulgadas anteriormente pela estatal, a expectativa é de que, após a finalização dessa etapa, a conclusão da obra possa ocorrer em um prazo de até dois anos.
UFN III
A UFN III teve as obras paralisada em dezembro de 2014, após a Petrobras romper o contrato com o Consórcio responsável pela construção da fábrica que, na época, já havia consumido mais de R$ 3 bilhões.
A estatal colocou a UFN III à venda em setembro de 2017, alegando que não seguirá no segmento de fertilizantes. A empresa da Rússia manifestou interesse na compra da fábrica, mas depois desistiu diante do empecilho para o fornecimento do gás natural, que viria da Bolívia.
O grupo russo Acron fechou a negociação de compra da planta, em fevereiro de 2022. Mas, em um comunicado divulgado em abril, a Petrobras anunciou que não iria vender o patrimônio, alegando que "o plano de negócios proposto pelo potencial comprador, em substituição ao projeto original, impossibilitou determinadas aprovações governamentais que eram necessárias para a continuidade da transação".
Com 81% da obra realizada, a construção foi paralisada no final de 2014. A fábrica de fertilizantes foi projetada para consumir diariamente 2,3 milhões de metros cúbicos de gás natural, fazendo a separação e os transformando em 3.600 toneladas de ureia e outras 2.200 toneladas de amônia por dia.
Com informações e foto da Semadesc