Imea divulga primeira projeção do custo de produção para soja da safra 2024/25

Alterações nos indicadores foram pautadas pela modificação do pacote tecnológico aplicado ao grão

21/11/2023 às 15:39 atualizado por Maria Fernanda Martins - SBA | Siga-nos no Google News
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Foi divulgada a primeira projeção do custo de produção para a soja da safra 2024/25 no Mato Grosso. Os números foram pesquisados pelo projeto Rentabilidade, do Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) - MT  e Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária). 

As alterações nos indicadores foram pautadas pela modificação do pacote tecnológico aplicado à soja. Desse modo, o custeio para a temporada ficou estimado em R$ 4.165,50 por hectare, aumento de 0,99% ante o consolidado da safra 2023/24.

Os principais aumentos vieram no corretivo de solo (+41,54%), fungicida (+22,25%) e mão de obra (+38,87%), no entanto, outros indicadores apresentaram recuo nesta primeira estimativa, como: semente de soja (-1,28%), macronutriente (-3,33%), herbicida (-14,82%) e inseticida (-12,12%). 

Em relação ao COE (Custo Operacional Efetivo), foi natado uma alta de 1,46% em comparação com a safra 2023/24, ficando projetado em R$ 5.716,20/por hectare. Por fim, no que se refere ao Custo Total da soja a projeção ficou estimada em R$ 7.445,10/ha, aumento de 2,32% em relação à safra passada.

Esmagamento da soja 

Em outubro de 2023, o esmagamento da soja no estado do Mato Grosso alcançou 0,99 milhão de toneladas.

O volume esmagado no mês apresentou queda de 2,22% ante a setembro deste ano e alta de 13,75% no comparativo com o mesmo período do ano passado. Em relação ao acumulado de 2023 (considerando de janeiro a outubro), o total processado no estado alcançou o recorde de 9,87 milhões de toneladas, aumento de 3,55% ante o mesmo período de 2022.

O principal motivo do maior volume esmagado foi a alteração da mistura do biodiesel no diesel, que saiu de 10,00% para 12,00% na composição. Além disso, com a quebra de safra na Argentina (principal fornecedor mundial de farelo e óleo), outros mercados destinaram sua demanda para os subprodutos de MT, principalmente para o farelo, que apresenta recorde na exportação em 2023. 

Por fim, a margem bruta de esmagamento, em outubro, fechou com média de R$ 491,25/por tonelada, alta de 49,20% em relação ao mesmo período de 2022, justificada pela queda no preço da soja em grão em relação aos subprodutos, onde a oleaginosa reduziu 26,34% no comparativo anual. 

Com informações e infografias do Imea 
Foto de capa: Freepik


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