Países protestam contra nova legislação ambiental da União Europeia

Técnicos da América do Sul afirmam que a decisão tem clara intenção de protecionismo comercial

27/09/2023 às 20:05 atualizado por Elaine Silva - SBA | Siga-nos no Google News
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Países produtores de grãos da América do Sul condenam oficialmente a decisão da União Europeia que ameaça embargar a compra da produção de áreas desmatadas principalmente do Brasil e da Argentina. 

O posicionamento diz respeito ao Regulamento da União Europeia para Produtos Livres de Desmatamento (EUDR), que faz parte do Pacto Ecológico Europeu (European Green Deal). A América do Sul é responsável pela produção de 190,1 milhões de toneladas de soja e 17,58 milhões de toneladas de milho, que representam, respectivamente, 51,3% e 15,2% da produção mundial.

Em nota, as entidades ressaltam que, nas últimas décadas, os produtores rurais da América do Sul, com o uso de tecnologia, produzem alimentos de forma sustentável. “No entanto, houve um significativo aumento da adoção de medidas protecionistas por parte de alguns países importadores que utilizam, como justificativa, a preocupação ambiental. São iniciativas que invertem o ônus da prova, generalizam a culpa e imputam aos regulados a comprovação onerosa da sua inocência”, dizem as entidades.

Os técnicos desses países afirmam que a decisão tem clara intenção de protecionismo comercial. O documento é assinado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Associação Argentina de Milho e Sorgo (Maizar), Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), Associação da Cadeia da Soja Argentina (ACSoja), Associação dos Produtores de Soja, Oleaginosas e Cereais do Paraguai (APS) e Câmara Paraguaia de Exportadores e Comerciantes de Grãos e Oleaginosas (CAPECO).

Veja mais detalhes na reportagem de Flávia Rabelo:

Com informações e foto da CNA


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