4ª Biodiesel Week debate regulamentação do biocombustível B20

CNPE aprovou em março o aumento para 12% da mistura de biodiesel ao diesel vendido no país

10/08/2023 às 16:42 atualizado por Thiago Gonçalves - SBA | Siga-nos no Google News
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Brasília sedia a 4ª edição do Biodiesel Week, que começou nesta quinta-feria (10) e vai até sexta-feira (11). Entre os temas discutidos estão longevidade do uso do biodiesel, inovação, contribuição do biocombustível para a produção de alimentos e desenvolvimento da agricultura familiar, bem como adoção de novas tecnologias. 

Na abertura do evento, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, lembrou que o CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) aprovou, em março deste ano, o aumento para 12% da mistura de biodiesel ao diesel vendido no Brasil.  

Fávaro defendeu a regulamentação do uso da mistura de 20% de biodiesel (B20) no abastecimento de veículos movidos a diesel, o que reduziria a emissão de CO2 (dióxido de carbono), em comparação ao uso de diesel fóssil puro.

 “Não é possível discutir mais a despoluição do mundo e captura de carbono e, por outro lado, consumir produto fóssil, combustível fóssil. É inconcebível ter que consumir diesel S 500, que é altamente poluidor, altamente carregado em enxofre, no momento em que o mundo fala em descarbonização, em limpeza do planeta.”

O presidente da Ubrabio (União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene), Juan Diego Ferrés, expôs as reivindicações dos empresários do setor e cobrou que o biodiesel seja incluído no projeto de lei sobre o Combustível do Futuro, que terá o objetivo de incentivar a pesquisa e estimular a produção de energia limpa, para integrar políticas de descarbonização no país.

A liderança da Ubrabio apontou o biodiesel como bom substituto do óleo diesel e que servirá para contribuir para sustentabilidade social, ambiental e econômica, com a previsão de redução de custos.

Ferrés citou a expectativa de aumentar o teor de biocombustível no diesel para 15% (mistura B15), em 2025 e foi além. “É um momento ímpar para discutir o aumento para 20%. Não há necessidade de novos testes. O biodiesel é um extraordinário substituto ao óleo diesel por sua ‘renovabilidade’, sequestro de carbono, geração de empregos e atração de investimentos ao país.” 

O secretário de Desenvolvimento Industrial, Comércio, Serviços e Inovação do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), Uallace Moreira Lima, representando o ministro Geraldo Alckmin, disse que a pasta é favorável ao biodiesel como estratégia de inovação e sustentabilidade para a população e a indústria brasileira.

“A transição energética e a sustentabilidade são a maior janela de oportunidades para o Brasil liderar um processo de desenvolvimento econômico, superar a armadilha da renda média e fazer com que o povo brasileiro se beneficie das riquezas naturais que este país tem, com mais inovação, com mais sustentabilidade e com um futuro garantido”, ressaltou Moreira Lima. 

O secretário adiantou que o MDIC está em contato com representantes do MME (Ministério de Minas e Energia) para debater a incorporação do biodiesel no PL do Combustível do Futuro. “Esse diálogo está sendo feito. O PL do Combustível do Futuro é um grande projeto que está dentro do pacote de transição ecológica que o governo está anunciando.”

Organizado pela União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio), o evento conta com apoio do Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária), da FPBio (Frente Parlamentar Mista do Biodiesel), da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) Agroenergia; e do Fórum ProBrasil.

Com informações e Agência Brasil

Foto: Reprodução/Internet

 


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