Manguezais evitam envio de toneladas de CO2 na atmosfera

UERJ investiga como mangues contribuem na desaceleração do aquecimento global

28/07/2023 às 09:27 atualizado por Nanda Martins* - SBA | Siga-nos no Google News
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Pesquisadores têm mobilizado esforços para compreender como os manguezais podem contribuir na desaceleração do aquecimento global. Um estudo realizado pela UERJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) concluiu que as áreas de mangue analisadas evitam a liberação de 25 milhões de toneladas de carbono para a atmosfera, em valor monetário, esse volume equivale a cerca de R$ 500 milhões.

A pesquisa focou nos manguezais situados em municípios fluminenses. As investigações se deram na Baía da Ilha Grande, Baía de Sepetiba, Baía de Guanabara, Baixada de Jacarepaguá e Baixada Norte Fluminense.

Os resultados vêm mostrando que a recuperação desses ecossistemas pode ser uma das frentes de atuação para reduzir a disponibilidade de carbono no ambiente e, assim, desacelerar o ritmo do aquecimento global.

"Pela primeira vez, obtivemos uma visão detalhada do estoque de carbono nos manguezais, considerando diferentes escalas espaciais, como sistemas costeiros, municípios e unidades de conservação. Essa conquista representa um avanço significativo e coloca o Rio de Janeiro como o primeiro estado a ter um inventário de todos os seus manguezais, fornecendo um maior entendimento de seu papel na mitigação do aquecimento global", registra postagem nas redes sociais do Núcleo de Estudos em Manguezais da UERJ, que conduziu o estudo.

Há dois anos, um outro levantamento, conduzido pela Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, apontou que a captura de carbono é 57% maior em manguezais do que em outras vegetações tropicais. A pesquisa indicou ainda que o ecossistema está associado ao ciclo de vida de diversas espécies marinhas de grande valor comercial, como robalos, tainhas, siris, ostras e caranguejos.

Com informações e foto Agência Brasil 

*Com supervisão de Thiago Gonçalves, jornalista.


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