Dólar fecha quarta-feira com menor valor do ano em R$ 4,72

Nota de classificação de risco do Brasil pela agência Fitch é responsável pela queda na moeda

27/07/2023 às 09:46 atualizado por Nanda Martins* - SBA | Siga-nos no Google News
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O dólar voltou a atingir o menor nível do ano nesta quarta-feira (26), em queda pela terceira vez seguida, o valor da moeda aproximou-se de R$ 4,70. A melhoria da nota de classificação de risco do Brasil pela agência Fitch provocou mais um dia de otimismo no mercado financeiro. 

A bolsa de valores iniciou a sessão em baixa, mas reverteu o movimento e emendou a quinta alta seguida. O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 4,728, com queda de R$ 0,029 (-0,46%). 

A cotação iniciou próxima da estabilidade, mas passou a cair após o comunicado da Fitch, até encerrar próxima da mínima do dia. A moeda norte-americana está no menor nível desde 20 de abril do ano passado, quando fechou em R$ 4,62. A divisa caiu 1,29% em julho e 10,45% em 2023.

Mercado financeiro

A nota do Brasil também refletiu no mercado de ações O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 112.560 pontos, com alta de 0,45%. Apesar da queda de ações de petroleiras e de mineradoras, ações de bancos e de varejistas sustentaram a bolsa. O indicador está no nível mais alto desde 9 de agosto de 2021.

No mercado doméstico, a decisão da Fitch animou os investidores. A agência de classificação de risco elevou a nota do país para BB, contra BB-, com perspectiva estável (sem a possibilidade de mudar a classificação nos próximos meses). A Fitch atribuiu a decisão a um desempenho macroeconômico e fiscal melhor que o esperado da economia brasileira. A melhoria da nota estimula a entrada de capital financeiro no Brasil.

No cenário internacional, a elevação dos juros básicos dos Estados Unidos em 0,25 ponto porcentual confirmou a expectativa das instituições financeiras. Apesar de a taxa básica de juros da maior economia do planeta estar no maior nível desde 2001, os investidores acreditam que o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) encerrou o ciclo de altas que começou em abril do ano passado. O fim das altas de juros em economias avançadas beneficia países emergentes, como o Brasil.

Com informações da Agência Brasil 
*Com supervisão de Thiago Gonçalves
Foto: Agência Brasil


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