A Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) esteve em reunião nesta segunda-feira (17), para tratar sobre a alteração do calendário de plantio da soja na safra 2023/2024, prevista na portaria publicada no último dia de 7 de julho pelo Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária)
A pasta estabeleceu novos prazos de plantio para a próxima safra. Os membros e representantes de federações falaram dos desafios impostos pela normativa referente à redução do período de plantio e os eventuais impactos para execução de outras safras.
Segundo o presidente da Comissão, Ricardo Arioli, o vazio sanitário e o calendário de plantio são ferramentas importantes para o manejo da ferrugem da soja e devem abranger as especificidades dos sistemas produtivos e climáticos de cada região.
A Faep (Federação da Agricultura do Estado do Paraná) se posicionou contrária em relação à redução do prazo de 140 para 100 dias no Paraná. O presidente da federação, Ágide Meneguette, encaminhou em ofício no qual argumenta que o novo calendário pode trazer impactos negativos ao planejamento da safra e questiona a falta de diálogo com o setor.
“A redução do período de semeadura [anunciada] a dois meses de seu início [11 de setembro] causa um impacto no planejamento dos produtores, a maioria em fase de pré-custeio da safra. Mais ainda pelo fato de tal alteração não ter sido amplamente discutida com o setor”, alerta o dirigente.
A federação enviou um ofício ao Mapa na quarta-feira passada, 12, solicitando que volte a vigorar no Paraná o calendário de semeadura da soja com 140 dias, como ocorria nas safras passadas. No caso do Paraná, os produtores poderão semear as lavouras entre 11 de setembro e 19 de dezembro.
Com informação CNA e Faep
Foto: Divulgação/Agrodefesa