
A CNI (Confederação Nacional da Indústria) divulgou, nesta quinta-feira (13), o Informe Conjuntural do 2º Trimestre que mostra o forte desempenho do agronegócio, responsável por elevar a projeção de crescimento da economia do país em 2023. De acordo com a entidade, a estimativa passou de 1,2% em abril para 2,1% em julho.
A melhoria nesta perspectiva de aquecimento econômico se deve apenas ao agronegócio, com os demais setores da economia encolhendo ou desacelerando.
Conforme a confederação, o governo precisa reformar o sistema tributário e reduzir os juros para destravar a economia brasileira.
Pelas estimativas da CNI, enquanto a agropecuária deverá crescer 13,8% neste ano, impulsionada pela produção recorde de alimentos, a indústria deverá se expandir apenas 0,6%.
Inflação
Em relação à inflação, a CNI projeta que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - usado como indicador oficial pelo governo - encerrará o ano em 4,9%, contra estimativa anterior de 6%. Segundo a entidade, a desaceleração ajuda a recompor o rendimento médio real das famílias e a recuperar o poder de compra e o consumo.
Juros e dólar
Em relação aos juros, a confederação estima que a Selic encerre 2023 em 11,75% ao ano, devendo cair dois pontos percentuais em relação aos 13,75% atuais. Em relação ao câmbio, a entidade prevê que o dólar comercial chegue ao fim do ano em R$ 4,90, contra previsão anterior de R$ 5,35.
A previsão de superávit da balança comercial (exportações menos importações) para este ano saltou de US$ 55,7 bilhões para US$ 62,4 bilhões. Para as contas públicas, a entidade manteve a projeção de déficit primário (resultado negativo sem os juros da dívida pública) de 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB).
Com informações Agência Brasil
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