Tecnologia e a Nasa ajudam no combate a incêndios florestais

IA também auxilia na atuação dos bombeiros para evitar e mitigar os danos causados pelo fogo

12/07/2023 às 14:50 atualizado por Thiago Gonçalves - SBA | Siga-nos no Google News
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O Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul com o auxílio de drones e o uso de satélite por meio de convênio com a Nasa - agência espacial dos EUA - , realizam ações de monitoramento e preservação do Pantanal e do Cerrado em Mato Grosso do Sul. Com o uso de tecnologia de navegação, dados e  IA (Inteligência Artificial), a atuação dos bombeiros é cada vez mais específica e qualificada para evitar e mitigar os danos causados pelos incêndios florestais.

Em funcionamento há mais de 21 anos, o CPA (Centro de Proteção Ambiental) do Corpo de Bombeiros monitora e analisa diariamente os dados que servem como base das atividades dos bombeiros no combate a incêndios florestais no Estado.

“Temos convênio com a Nasa, Polícia Federal e Imasul, que é um diferencial do monitoramento realizado. Tudo com dados alimentados instantaneamente, o que contribui para avaliação das estratégias de atuação e combate”, explicou o tenente Alexandre de Oliveira, especialista em engenharia ambiental do CPA.

Levantamento do Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de MS) divulgado em abril deste ano aponta redução de 74,7% nos focos de calor nos três biomas do Estado – Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica -, entre 2021 e 2022, passando de 9.377 para 2.368 ocorrências.

No Pantanal, a área queimada e os focos de calor tiveram redução de mais de 80%. No ano de 2021 foram queimados mais de 1,3 milhão de hectares com mais de 5,9 mil focos de calor. Já no ano passado, a área queimada reduziu para 246,9 mil hectares com pouco mais de 1,1 mil focos de calor em seis municípios – Aquidauana, Corumbá, Ladário, Miranda, Porto Murtinho e Rio Verde de Mato Grosso. Os registros de incêndios florestais, atendidos pelo Corpo de Bombeiros, também caíram mais de 40%.

No Cerrado, os focos de calor também tiveram redução de 67,6%, passando de mais de 3 mil em 2021, para 973 em 2022. E na Mata Atlântica, a redução foi de 53,6%, passando de 474 para 220 focos de calor, respectivamente em 2021 e 2022.

Também ocorreram grandes avanços na preservação de áreas protegidas. Houve queda significativa de áreas queimadas em unidades de conservação do Pantanal e Cerrado (74,3%), Rede Amolar (30%) e terras indígenas (83,8%).

A tecnologia aliada às informações obtidas por meio do monitoramento constante contribuem para garantir atuação efetiva na proteção dos biomas de Mato Grosso do Sul. 

“Houve uma redução (dos focos de calor) de aproximadamente 70% em todo o território sul-mato-grossense, não só do Pantanal, além da quantidade de área queimada com queda bastante significativa. Como essa logística desde o nosso monitoramento até a ida a campo, com as parcerias dos órgãos estaduais, federais e internacionais, conseguimos integrar todos para fazer esse trabalho de maneira mais efetiva”, finaliza Alexandre Oliveira.

Com informações Governo MS
Foto: Bruno Rezende
 


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