
Os impostos que recaem sobre a cesta básica e itens de higiene podem apresentar aumento de 59,83%, em média de acordo com a proposta de reforma tributária apresentada na última semana, segundo a estimativa da Abras (Associação Brasileira de Supermercados).
No levantamento da Abras, foram considerados produtos como arroz, feijão, carnes, ovos, legumes, dentre outros. A associação levou em conta a adoção reduzida em 50% sobre a alíquota padrão do IVA (Imposto sobre Valor Agregado) prevista de 25%, que está em discussão.
Caso a reforma seja aprovada no congresso nacional os estados da região Sul, serão os mais afetados, já que o aumento médio na tributação será de 93,5%. Segundo os cálculos da associaçãos, as regiões Centro-oeste e Sudeste aparecem logo em seguida na lista, com alta prevista de 69,3% e 55,5%. Para o Norte e Nordeste do país, o incremento deve ser de 40,5%, 35,8%.
O secretário extraordinário da Reforma Tributária, Bernard Appy, rebateu os números da Abras, dizendo que o patamar de tributos que incidem sobre a cesta básica deverá permanecer na mesma linha do que existe hoje, mesmo com a reforma. Appy afirmou que o cálculo da associação "não informa", e sim "desinforma", porque deixa de fora parte dos efeitos positivos que o redesenho da tributação deve ocasionar.
Com informações de Agência Brasil
*Com supervisão de Elaine Silva, jornalista.
Foto: Bruno Rezende