Paraná confirma novos casos de gripe aviária

Estado já registrou cinco focos da doença, todos em aves silvestres

04/07/2023 às 08:52 atualizado por Nanda Martins* - SBA | Siga-nos no Google News
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O estado do Paraná confirmou dois novos casos de IAAP (Influenza Aviária de Alta Patogenicidade) na última sexta-feira (30), dessa vez no município de Pontal do Paraná. Até o momento, o estado já registrou o total de cinco focos da doença, todos em aves silvestres na região litorânea. Os casos foram identificados em uma ave da espécie Trinta-réis-de-bando (Thalasseus maximus) e em uma Gaivota-maria-velha (Chroicocephalus maculipennis). 

A Adapar (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná) informa que as medidas de vigilância nas propriedades próximas aos focos estão em andamento. A Adapar atende 100% das notificações de suspeita. Quando verificado um caso provável, é feita a coleta de amostra para diagnóstico laboratorial, isolamento de animais, interdição da unidade epidemiológica (propriedade), verificação do trânsito e investigação de possíveis vínculos.As amostras coletadas são enviadas ao LFDA/SP (Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo), reconhecido pela OMSA (Organização Mundial de Saúde Animal) como referência internacional no diagnóstico da Influenza Aviária.

Mesmo com os novos focos da doença, é importante ressaltar que a infecção pelo vírus em aves silvestres não altera o status sanitário do Paraná e do Brasil como áreas livres da gripe aviária. 

Influenza Aviária

Segundo o Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária) a influenza aviária é uma doença de distribuição mundial, com ciclos pandemicos ao longo dos anos, e com graves consequências ao comércio internacional de produtos avícolas. No dia 15 de maio de 2023, foi detectada pela primeira vez em território nacional, diagnosticada em aves silvestres – o que não compromete a condição do Brasil como país livre de IAAP para o comércio.

Os vírus de influenza tipo A apresentam alta capacidade de mutação (drift e shift antigênico) e consequentemente de adaptação a novos hospedeiros. A adaptação dos vírus de influenza aviária ao homem já foi responsável por uma alta taxa de letalidade, e a possibilidade de transmissão desses vírus entre os seres humanos pode representar um alto risco para a população mundial.

Medidas de Biossegurança 

É necessário que os produtores apliquem medidas de proteção contra o risco biológico. 

Segundo o veterinário Caius Gertz, para que a doença não atinja a cadeia produtiva é indispensável reforçar as medidas de biossegurança nas granjas. “Evitar contato das aves do plantel com as aves de vida livre, medidas de higiene, limpeza e desinfecção no ambiente em que as aves vivem, controle de pessoas e veículos que entram no criatório, desinfecção desses veículos que entram e saem, e entre outras ações que contribuem reforçar a biossegurança”, ele explica.

Com informações de Adapar e Mapa

*Com supervisão de Elaine Silva, jornalista. 

Foto: Tânia Rego/ Agência Brasil 


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