O estado de Goiás se prepara nesta terça-feira (27) para entrar no período do vazio sanitário da soja, que termina em 24 de setembro. Durante 90 dias, o produtor rural não poderá plantar ou manter plantas vivas de soja em qualquer fase de desenvolvimento em lavouras.
A técnica do vazio sanitário evita a proliferação da ferrugem asiática, já que plantas que nascem nas áreas cultivadas após a colheita da safra, conhecidas como tiguera da soja, podem se tornar hospedeiras do fungo causador da doença e por isso devem ser eliminadas.
O presidente da Agrodefesa (Agência Goiana de Defesa Agropecuária), José Ricardo Caixeta Ramos, explica que a medida fitossanitária ajuda a evitar a ferrugem asiática e reduz aplicações de defensivos químicos.
“Os produtores goianos estão cada vez mais conscientes, seguem o calendário e cumprem com as medidas legislativas orientadas pela Agência. Mas é necessário reforçar o pedido para que todos fiquem atentos aos prazos, até porque é uma ação que proporciona economia à produção agrícola, além de ganhos fitossanitários, sociais e ambientais”, disse José Ricardo.
Alteração na semeadura
Até 2021, o vazio sanitário da soja se iniciava de 1º de julho até 30 de setembro. O calendário foi alterado em 2022 e passou a vigorar com a data de 27 de junho a 24 de setembro. A antecipação se deve a um pedido da cadeia produtiva.
O cadastro pode ser realizado até 15 de janeiro, independentemente da data de plantio. Outra alteração da normativa foi a proibição da semeadura e o cultivo de soja em sucessão à soja na mesma área e no mesmo ano agrícola.
Já as finalidades dos cultivos autorizados em caráter excepcional, para semeadura e manutenção de plantas vivas de soja durante os períodos de vazio sanitário e calendário de semeadura continuaram as mesmas.
A única medida adotada desde o ano passado foi com relação ao cultivo excepcional de soja no Projeto de Irrigação de Luís Alves, no município de São Miguel do Araguaia, onde foi restringido o período de 10 de maio a 10 de junho de cada ano para a semeadura da soja.
Com informações e foto Agrodefesa