
Pesquisa da Embrapa Trigo (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) em parceria com a UFSM (Universidade Federal de Santa Maria) comprova que a cultura do Trigo retém maior quantidade de carbono no solo do que a que emite para a atmosfera. O estudo foi conduzido no estado do Rio Grande do Sul onde foi avaliada as diferenças entre emissão e retenção de carbono no sistema de produção trigo-soja, quantificando os fluxos de CO2, em uma lavoura comercial de grãos localizada na cidade de Carazinho (RS).
O resultado mostrou que durante o ciclo produtivo, o trigo absorveu um total de 7.540 kg de dióxido de carbono (CO2) por hectare da atmosfera. Isso neutralizou as emissões dos períodos em que o solo ficava sem coberturas com plantas, garantindo a oferta líquida de 1.850 kg de CO2 por hectare.
O balanço de carbono em cada etapa da produção de grãos, após descontada a quantidade extraída pelos grãos na colheita, mostrou que o trigo incorporou no sistema 5,31 gramas de CO2 por metro quadrado ao dia.
Em comparação, a soja incorporou 0,02 g, uma quantidade muito menor em relação ao trigo e os dois períodos de pousio emitiram 6,29 g, revela a pesquisa.
Com informações da Embrapa RS
*Com supervisão de Thiago Gonçalves, jornalista.
Foto: João Pires/ Embrapa