
O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decidiu a manutenção da taxa Selic em 13,75% durante a quarta reunião do ano, realizada nesta quarta-feira (21). A decisão foi unânime e ficou dentro das expectativas dos economistas.
Em nota, o Banco Central justifica que a decisão é compatível com a estratégia de convergência e que o cenário exige cautela. “A conjuntura atual, caracterizada por um estágio do processo desinflacionário que tende a ser mais lento e por expectativas de inflação desancoradas, segue demandando cautela e parcimônia”, diz em comunicado.
O Copom afirma que irá conduzir a política monetária necessária para o cumprimento das metas e avalia que “a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por período prolongado tem se mostrado adequada para assegurar a convergência da inflação”.
O BC ressalta que a conjuntura demanda paciência e serenidade na condução da política econômica e relembra os próximos passos dependerão da evolução na dinâmica inflacionária, “em especial dos componentes mais sensíveis à política monetária e à atividade econômica, das expectativas de inflação, em particular as de maior prazo, de suas projeções de inflação, do hiato do produto e do balanço de risco”.
Votaram por essa decisão os seguintes membros do Comitê: Roberto de Oliveira Campos Neto (presidente), Carolina de Assis Barros, Diogo Abry Guillen, Fernanda Magalhães Rumenos Guardado, Maurício Costa de Moura, Otávio Ribeiro Damaso, Paulo Sérgio Neves de Souza e Renato Dias de Brito Gomes.
Taxa básica de juros
A taxa Selic é o principal instrumento de política monetária utilizado pelo BC para controlar a inflação e influencia todas as taxas de juros do país, como as taxas de juros dos empréstimos, dos financiamentos e das aplicações financeiras. Quando a inflação está alta, o BC eleva a Selic.
Se as estimativas para a inflação estão alinhadas com a meta de inflação, o BC pode reduzir a Selic.
Com informações Banco Central
Foto: Agência Brasil/Marcello Casal