
Três mortes causados por febre maculosa em Campinas foram confirmados pelo Instituto Adolfo Lutz, vinculado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, na tarde desta terça-feira (13). A doença é infecciosa, causada por uma bactéria transmitida pela picada de carrapato e a contaminação não ocorre diretamente de pessoa para pessoa pelo contato.
As vítimas são uma mulher de 28 anos e um casal de 36 e 42 anos. As três pessoas estiveram em um evento na Fazenda Santa Margarida, na região rural de Campinas, em 27 de maio, e apresentaram sintomas da doença.
A causa de apenas uma destas mortes havia sido confirmada. Uma adolescente de 16 anos, que também esteve no mesmo local, está internada em Campinas e o serviço de saúde investiga se ela contraiu a bactéria.
Em nota, a Fazenda Santa Margarita lamentou as mortes e afirmou que sempre agiu de acordo com as normas e exigências legais relacionadas à vigilância sanitária, além de manter um rigoroso processo de manutenção e cuidados em relação ao espaço e sua conservação.
Casos confirmados
Desde o começo deste ano, foram registrados 12 casos de febre maculosa no estado e 6 óbitos, incluindo os três confirmados ontem. Segundo o governo paulista, em 2022, foram registrados 53 casos, com 37 óbitos confirmados. Já em 2021, foram 76 casos e 42 óbitos.
Medidas de contenção
A prefeitura de Campinas informou em nota que a Secretaria de Saúde municipal tem cumprido sua responsabilidade de alertar a população sobre os riscos e a prevenção da doença. Segundo a declaração, o município é uma área endêmica para febre maculosa.
Imediatamente após ser notificado dos casos, o Devisa (Departamento de Vigilância em Saúde) desencadeou uma série de ações de prevenção, informação e mobilização contra a febre maculosa na Fazenda Santa Margarida. De acordo com as declarações feitas em nota, nos próximos dias, técnicos do Devisa farão uma pesquisa para verificar como está a infestação de carrapatos no espaço.
A administração municipal informou que todos os eventos na Fazenda Santa Margarida foram suspensos até que o empreendimento apresente um plano de contingência ambiental e de comunicação sobre a presença, no espaço, de carrapatos que transmitem a febre maculosa.
Com informações de Agência Brasil
*Com supervisão de Elaine Silva, jornalista.
Foto: Divulgação/ Ministério da Saúde