
O Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária) determinou em 2021 o vazio sanitário como medida para o controle do fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da ferrugem asiática da soja, juntamente com o calendário de semeadura, como medida fitossanitária para racionalização do número de aplicações de fungicidas.
Nos meses de junho e julho, produtores deverão estar atentos ao início do vazio sanitário da soja nos maiores estados produtores do país, período definido e contínuo em que não se podem manter plantas vivas do grão em uma determinada área:
- Paraná (10 de junho);
- Mato Grosso (15 de junho);
- Goiás (15 de junho);
- Rio Grande do Sul (13 de julho).
A pesquisadora Claudine Seixas, da Embrapa Soja, explica que esse período deve ser de, pelo menos, 90 dias sem a cultura e sem plantas voluntárias no campo. “O objetivo é reduzir a população do fungo no ambiente na entressafra e assim atrasar a ocorrência da doença na safra.”
Presente na cultura brasileira desde 2001, a ferrugem-asiática é a mais severa doença da soja. Segundo levantamentos do Consórcio Antiferrugem, a doença pode levar a perdas de até 80%, se não for controlada, enquanto, os custos com o controle da ferrugem e de outras doenças para os agricultores no Brasil, excedem US$ 2 bilhões por safra.
Para evitar a doença, estratégias de manejo estão centradas em práticas como: o vazio sanitário, a utilização de cultivares de ciclo precoce e semeadura no início da época recomendada como estratégia de escape da doença, a adoção de cultivares resistentes, respeito ao calendário de semeadura e a utilização de fungicidas.
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Com informações Embrapa
Foto:Divulgação/CNA